Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

Modelo de Memorial Descritivo

Projeto de Arquitetura

1ª edição

São Paulo

Janeiro de 2019

_________________________________________________________________

DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS 

Todos os direitos desta edição, reprodução ou tradução são reservados.

O acesso a versão atualizada deste documento deverá ser realizado por meio do site www.manuaisdeescopo.com.br, após cadastro individual e pessoal.

Esta publicação é um documento suporte, a ser complementado nos campos apropriados, para a geração do documento final.

Em caso de dúvida entre em contato com a Comissão Gestora dos Manuais, e-mail: manuaisdescopo@secovi.com.br, e telefone: (11) 5591-1227.

1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

APRESENTAÇÃO

Com objetivo de esclarecer o atendimento à norma de desempenho ABNT NBR 15.575:2013, foram detalhados os escopos aplicáveis aos diversos projetos de um empreendimento imobiliário, sob coordenação técnica da consultora Maria Angelica Covelo Silva, engenheira civil e doutora em engenharia e diretora da NGI Consultoria e Desenvolvimento.

O conteúdo elaborado em conjunto, por consenso, entre representantes do Secovi-SP, SindusCon-SP e respectivas entidades de projeto, proporcionam um entendimento adequado e abrangente sobre o escopo dos projetos de cada especialidade no atendimento à norma de desempenho (ABNT NBR 15575:2013).

O resultado foi o conteúdo Escopos para Atendimento à Norma de Desempenho, inserido como capítulo na atualização dos Manuais de Escopo aplicáveis, e disponibilizado como documentos avulsos para as disciplinas que ainda não possuem Manual de Escopo, além do documento Guia para utilização dos Escopos de projeto de edificações habitacionais para atendimento à ABNT NBR 15.575: 2013 e de Modelos de Memoriais Descritivos, os quais indicam premissas e considerações do projeto de um empreendimento, incluindo informações relativas ao atendimento dos requisitos previstos na referida norma.

Os Manuais de Escopo e seus documentos complementares representam uma importante base de informações dirigida a contratantes e projetistas que buscam por qualidade no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários. O trabalho iniciado em 1998, teve sua primeira edição em 2000 e há mais de 5 anos, a partir do monitoramento do site www.manuaisdeescopo.com.br, contabilizamos, entre consultas e emissões de proposta, mais de 420.000 acessos, número que reforça seu valor para o setor.

Boa leitura!

Coordenação Geral dos Manuais de Escopo

1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

MODELO DE MEMORIAL DESCRITIVO PROJETO DE ARQUITETURA

 ________________________________________________________________

PROJETOS CONFORME NBR 15.575

Objetivo:

Indicar as premissas e considerações do projeto de um empreendimento, incluindo informações relativas ao atendimento dos requisitos previstos na referida norma.

A utilização deste Modelo deve ser realizada com a consulta aos seguintes documentos:

  • Manual de Escopo de Projetos e Serviços de ARQUITETURA E URBANISMO, Capítulo Escopos para atendimento à Norma de Desempenho (ABNT NBR 575:2013)
  • GUIA PARA UTILIZAÇÃO DOS ESCOPOS de projeto de edificações habitacionais para atendimento à ABNT NBR 575:2013

Acesso através do site www.manuaisdeescopo.com.br

1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

LOGO/IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA DE PROJETO

 

MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO DE ARQUITETURA

Empreendimento: 

 

Endereço:

 

Contratante do projeto:

Imagem do empreendimento (opcional)

Observações: Neste modelo são listadas leis, normas e regulamentos com suas datas de publicação das versões em vigor na data de publicação deste modelo, porém o projetista deve atualizar para as datas de publicação das versões em vigor incidentes sobre o projeto.

Neste modelo são utilizados exemplos em itens que requerem o preenchimento específico com os dados de cada projeto. Observar que estes valores e textos são meros exemplos para que fique claro o que deve ser feito em cada projeto.

1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

1.          INTRODUÇÃO

Este memorial apresenta as premissas e considerações de projeto de Arquitetura referentes ao empreendimento

                                         cujo (RRT – Registro de Responsabilidade Técnica registrado no CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo é datado (a) de                         conforme cópia apresentada no Anexo.

Esta data define o início do projeto, o qual atende às leis, regulamentos e normas técnicas pertinentes nas suas versões publicadas e em vigor nesta data.

1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

2.          FICHA TÉCNICA DO EMPREENDIMENTO

  • Localização:
  • Tipo de uso: Residencial
  • Número total de pavimentos:
  • Altura da edificação do nível da via pública até o piso do pavimento onde não há mais ocupação:

OBS: Segundo a ABNT NBR 15575 Parte 3 – Para medição da altura da edificação visando a determinação do Tempo Requerido de Resistência ao Fogo, não são considerados: os subsolos destinados exclusivamente a estacionamento de veículos, vestiários e instalações sanitárias, áreas técnicas sem aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência humana; os pavimentos superiores destinados, exclusivamente, a áticos, casas de máquinas, barriletes, reservatórios de água e assemelhados; o pavimento superior da unidade duplex do último piso de edificação.

  • Número de pavimentos tipo:
  • Existência de pavimento de cobertura com uso coletivo:
  • Número de subsolos:
  • Existência de sobressolo e seus ambientes:
  • Ambientes do pavimento térreo:
  • Número de unidades por pavimento tipo
  • Número total de unidades:
  • Área do Terreno:
  • Regime Urbanístico:
    • Zona urbana segundo a lei de zoneamento vigente:
  • Área Total Construída:
  • Área Total Privativa:
  • Área total das unidades:
  • Número de vagas de garagem:
  • Número de vagas para portadores de necessidades especiais:
  • Número de vagas para carga e descarga
  • Número de vagas do bicicletário
1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

3.          ESCOPO DE CONTRATAÇÃO DO PROJETO

O escopo abrangido por este projeto consiste das seguintes etapas cujo detalhamento de conteúdo e produtos é apresentado no “Manual de escopo de projetos e serviços de Arquitetura e Urbanismo”, 3ª edição (2019), disponível em www.manuaisdeescopo.com.br.

  • Descrever as fases contratadas
1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

4.          DADOS DO TERRENO E ENTORNO

  1. Planta do terreno com situação em relação às vias públicas e Google Earth com situação em relação às edificações vizinhas (anexo).
  2. Levantamento planialtimétrico recebido do contratante (anexo), contendo distâncias e alturas dos vizinhos, níveis térreo e subsolos de todos vizinhos e fotos do entorno
  3. Levantamento arbóreo (quando for o caso)
  4. Sondagens geológicas
  5. Análise de contaminação do solo (quando for o caso)
  6. Condições de exposição:
  • Zona bioclimática de acordo com a ABNT NBR 15220 – Zona .
  • Exposição a ruídos: Classe segundo relatório técnico da empresa           (anexo) responsável pelo levantamento/medição com data de    .
  • Região de vento segundo a ABNT NBR 6123 – é determinada no projeto de estruturas e de esquadrias (se este foi contratado no empreendimento).
  • Condições que afetam a iluminação natural: Não há à época do projeto, edificações de altura igual ou superior ao empreendimento a uma distância que possa gerar sombreamento à iluminação natural nos ambientes das unidades ou existem  edificações com alturas de                        situadas conforme mostra a situação no Google Earth.

•   Condições de exposição que afetam a durabilidade:

  • Depósito de resíduos de poluição do ar nas fachadas, pisos e outras partes externas, decorrente de tráfego de automóveis e ônibus nas vias lindeiras;
  • A CETESB monitora a presença de SO2 (Dióxido de enxofre) acusando a presença deste poluente no ar de São Paulo, o qual é um dos principais formadores de chuva ácida que atua como substância corrosiva a alguns materiais como os de origem calcárea.
1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

5.     ATENDIMENTO ÀS LEIS E NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS AO PROJETO

5.1  Leis

Este projeto foi desenvolvido com o atendimento às seguintes leis, as quais foram identificadas como aplicáveis ao empreendimento na data de início do projeto:

Lei (Código de Obras) Lei (Lei de Zoneamento) Etc.

5.2  Regulamentos técnicos de órgãos oficiais

Este projeto foi desenvolvido com o atendimento aos seguintes regulamentos técnicos:

Corpo de Bombeiros do Estado do São Paulo: instruções técnicas identificadas como as instruções aplicáveis ao empreendimento sob a responsabilidade de atendimento do projeto de Arquitetura, que estavam em vigor no início do desenvolvimento conforme data do RRT:

  • IT nº         
  • IT nº         

Portaria 957 COMAER Comando da Aeronáutica Gabarito de Aeroportos – 09 julho de 2015

Descrever outros como, por exemplo, Resoluções CONAMA, ANVISA, Ministério do Trabalho, etc. quando for o caso.

5.3  Normas ABNT

Este projeto foi desenvolvido com o atendimento às seguintes normas técnicas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, que são consideradas aplicáveis ao empreendimento e sob a responsabilidade de atendimento, ainda que não integralmente, pelo projeto de Arquitetura (algumas normas e regulamentos possuem requisitos e critérios que em parte devem ser atendidos pelo projeto de Arquitetura e em parte por outros projetos), que estavam em vigor no início do desenvolvimento, conforme data do RRT:

Obs.: o projetista deve analisar a data de publicação da versão da norma em vigor na data de início do projeto. 

  • ABNT NBR 16636 -1 Elaboração e Desenvolvimento de Serviços Técnicos Especializados de projetos Arquitetônicos e Urbanísticos Parte 1: Diretrizes e 19/12/2017
  • ABNT NBR 16636 -2 Elaboração e Desenvolvimento de Serviços Técnicos Especializados de projetos Arquitetônicos e Urbanísticos Parte 2: Projeto Arquitetônico, 19/12/2017
  • ABNT NBR 537 Acessibilidade- Sinalização tátil no piso-Diretrizes para elaboração de projetos,27/06/2016
  • ABNT NBR 10821 Esquadrias para Edificações: Parte 1 – Esquadrias internas e externas – Terminologia, 09/02/2017.
  • ABNT NBR 10821 Esquadrias para Edificações: Parte 2 – Esquadrias externas – Requisitos e classificação, 13/02/2017.
  • ABNT NBR 10821 – Esquadrias para edificações: Parte 4: Esquadrias externas – Requisitos adicionais de desempenho, 15/02/2017.
  • ABNT NBR 14880 – Saídas de Emergência em edifícios Escadas de Segurança Controle de Fumaça por pressurização – 08/01/2014
  • ABNT NBR 15575 – Edificações habitacionais – Desempenho, publicada em 19/02/2013 – Partes 1 – Requisitos gerais, 3 – Sistemas de pisos, 4 – Sistemas de vedações verticais internas e externas, 5 – Sistemas de coberturas;
  • ABNT NBR 9050 –– Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos, 11/09/2015.
  • ABNT NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios, 30/12/2001.
  • ABNT NBR 7199 – Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, 20/07/2016.
  • ABNT NBR 15215-1- Iluminação natural – Parte 1: Conceitos básicos e definições, 29/04/2005.
  • ABNT NBR 15215-2 – Iluminação natural – Parte 2 – Procedimentos de cálculo para a estimativa da disponibilidade de luz natural, 29/04/2005.
  • ABNT NBR 15215-3 – Iluminação natural – Parte 3: Procedimento de cálculo para a determinação da iluminação natural em ambientes internos, 29/04/2005.
  • ABNT NBR 10339 – Piscina – projeto, execução e manutenção – 19/09/2018.
  • ABNT NBR 14432 – Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – Procedimentos, 30/11/2001.
  • ABNT NBR 14718 – Guarda-corpos para edificação, 28/01/2008.
  • ABNT NBR 15000 – Blindagens para impactos balísticos – Classificação e critérios de avaliação, 30/12/2005.
  • ABNT NBR 10152 Acústica- Níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações, 24/11/2017
  • ABNT NBR 15220 – Desempenho térmico de edificações. Parte 1: Definições, símbolos e unidades, 29/04/2005.
  • ABNT NBR 15220 – Desempenho térmico de edificações. Parte 2: Parte 2: Método de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações, 29/04/2005.
  • ABNT NBR 15220 – Desempenho térmico de edificações. Parte 3: Zoneamento bioclimática brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social, 29/04/2005.

Listas outras aplicáveis a serem verificadas a cada projeto. 

Normas de especificação de materiais, componentes e sistemas construtivos: 

Os materiais, componentes e sistemas construtivos cuja especificação é da responsabilidade do projeto de Arquitetura foram especificados segundo suas respectivas normas e regulamentos aplicáveis, de acordo com os dados, informações, declarações de conformidade e/ou relatórios de ensaios fornecidos pelos respectivos fabricantes.

1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

6.       PREMISSAS ESPECÍFICAS DE PROJETO

OBS: As premissas de projeto devem sempre contemplar a análise e/ou remeter para estudos específicos sobre os riscos previsíveis identificados no escopo de projeto.

6.1  Projeto e dimensionamento das saídas de emergência

Memória descritiva do atendimento à ABNT NBR 9077 – Saídas de emergência e à IT nº 11 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.

Descrever as considerações de tipo de ocupação, população, etc. para dimensionar as saídas de emergência e rota de fuga seguindo a respectiva norma e a IT.

6.2  Memória descritivo do cálculo do tráfego de elevadores.

O cálculo de tráfego de elevadores que determinou o número, tipo, capacidade dos elevadores, inclusive quanto ao atendimento às necessidades de acessibilidade foi desenvolvido pela empresa                             .

Para o desenvolvimento do projeto de Arquitetura foram adotadas as soluções apresentadas no relatório                  constantes de:

              elevadores de capacidade                 

O fornecedor de elevadores ou consultor específico deve ter a memória de cálculo realizado de acordo com a ABNT NBR ABNT NBR 5665 – Cálculo do tráfego nos elevadores – 02/03/1987. 

6.3  TRRF global da edificação segundo a ABNT 14432 e segundo a Instrução Técnica e definição dos TRRFs das paredes internas

O TRRF – Tempo Requerido de Resistência ao Fogo global da edificação foi estabelecido pelo projetista/consultor de segurança contra incêndio em relatório  , assim como os TRRFs das vedações  descritos a seguir:

Ou se não houver esta consultoria o projeto de Arquitetura deve definir conforme descrito a seguir: 

Grupo A

Tipo de ocupação: Residencial Profundidade do subsolo:                Altura da edificação:                          

TRRF – Tempo Requerido de Resistência ao Fogo da Edificação (e da estrutura) segundo a Tabela do Anexo A da IT nº 08 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo:                       minutos

TRRF da fachada:                minutos (igual ao da edificação ou no mínimo 120 minutos) TRRF das paredes entre unidades: 60 minutos

TRRF das paredes entre unidades e áreas comuns: 60 minutos.

TRRF das paredes de poço de elevador: igual ao TRRF da edificação ou no mínimo 120 minutos.

6.4. Desempenho lumínico

O desempenho lumínico quanto à iluminação natural segundo o requisito 13.2 da ABNT NBR 15575 Parte 1 foi atendido pelas soluções de aberturas, cores de acabamentos de pisos e paredes conforme apresentado no relatório                                         anexo que contém o detalhamento da simulação computacional realizada. Nas condições de avaliação foi considerada a avaliação segundo a situação de vizinhança na data da avaliação (edifícios e/ou outros obstáculos).

OU 

Conforme relatório de consultoria especialista (data e empresa responsável)

6.5 Guarda-corpos

Os guarda-corpos especificados atendem as condições arquitetônicas e geométricas previstas na ABNT NBR 14718 vigente, no entanto, os componentes e fixações não foram dimensionados.

O dimensionamento deverá ser desenvolvido por profissional responsável que deve apresentar memorial de cálculo com a respectiva ART – Anotação de Responsabilidade Técnica ou RRT – Registro de Responsabilidade Técnica.

Caso não seja elaborado o projeto de dimensionamento de acordo com a ABNT NBR 14718 deverão ser realizados os ensaios previstos na mesma norma – cargas horizontais, cargas verticais e resistência a impacto.

Se, mediante dimensionamento ou ensaio, for necessário alterar o projeto do guarda-corpo para atender aos critérios previstos esta alteração só deverá ser feita em conjunto com o projetista de Arquitetura visando a harmonização das condições de design do guarda-corpo com as condições de desempenho estrutural.

6.6.Premissas de estanqueidade da fachada

O sistema construtivo adotado para as vedações atende às condições de estanqueidade previstas na ABNT NBR 15575-4 conforme projeto especifico de responsabilidade de                                      demonstram ensaios realizados pela empresa                   .

Para que as vedações executadas tenham o desempenho em termos de estanqueidade atingido nos ensaios apresentados deverão ser observadas medidas de controle tecnológico que estão diretamente ligadas a este desempenho, tais como:

  • Controle de preenchimento de juntas das alvenarias;
  • Controle de especificação e execução do revestimento argamassado visando a prevenção à ocorrência de manifestações como fissuração, descolamento,

O projeto de arquitetura prevê detalhamento nos encontros entre esquadrias e fachadas, entre fachadas e pisos nos pavimentos térreo, de modo a dificultar a passagem de água. No entanto, os respectivos cuidados para execução deverão ser adotados para assegurar esta vedação.

As esquadrias deverão ter a estanqueidade assegurada mediante projeto específico e/ou ensaios que demonstrem o atendimento aos requisitos da ABNT NBR 10.821:2 – Esquadrias para edificações – esquadrias externas – requisitos e classificação.

Quando houver projeto de revestimentos de fachada e de esquadrias remeter para eles as especificações que deverão ser seguidas pela construtora.

6.7 Premissas de segurança no uso e operação

As premissas de projeto para a segurança no uso e operação previstas no item 9.2 da ABNT NBR 15575 Parte 1 são atendidas no projeto de Arquitetura considerando os aspectos sob sua responsabilidade com a adoção de soluções que minimizam o risco de ocorrência de situações previstas naquele item.

Cabe à incorporadora/construtora e a projetos complementares com relação a este item assegurar:

  • O dimensionamento e detalhamento das soluções de ancoragem para equipamentos de manutenção nas partes elevadas conforme indicado em projeto; a correspondente orientação no Manual do Síndico quanto ao controle de acesso a estas áreas;
  • Assegurar a compra e controle de instalação dos vidros de segurança especificados em locais previstos pela ABNT NBR 7199 – Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações conforme indicado no projeto de Arquitetura;
  • A adoção de medidas de controle tecnológico para os sistemas de revestimentos de fachadas e demais componentes da fachada e cobertura visando minimizar o risco de dessolidarização. OBS: neste item sempre que houver elementos, componentes, que possam se dessolidarizar deverão ser estudados os meios adequados para assegurar a minimização de riscos – exemplos: molduras pré-fabricadas, elementos arquitetônicos fixados,

6.8. – Premissas de durabilidade

No que diz respeito aos sistemas especificados pelo projeto de Arquitetura a durabilidade, com os valores mínimos de Vida Útil de Projeto (VUP) previstos nas ABNT NBR 15575:1, é assegurada no projeto pelas seguintes medidas:

Fachadas e vedações internas – especificação de sistemas de vedação e revestimentos atendendo suas respectivas normas técnicas no que cabe ao projeto de Arquitetura; especificação considerando materiais, componentes e sistemas que têm características adequadas às condições de exposição a que estarão sujeitos (tráfego, exposição à umidade ou água, variações térmicas, etc.).

OBS: quando a fachada e/ou paredes internas tiverem projetos específicos as especificações deverão ser remetidas para estes projetos quanto à esta responsabilidade.

 

Pisos – o projeto de Arquitetura define as especificações de revestimentos de pisos de acordo com a natureza do uso visando assegurar que as propriedades dos produtos especificados sejam adequadas às condições de exposição.

  • Os pisos das áreas externas foram definidos pelo projeto de paisagismo pela empresa              
  • Os pisos das áreas comuns foram definidos pelo projeto de arquitetura de interiores pela empresa               

Coberturas – o projeto de Arquitetura foi responsável neste empreendimento pela definição do sistema de cobertura em                                         (laje impermeabilizada cobertura vegetal telha térmica etc.), porém as especificações do sistema que definem sua Vida Útil de Projeto envolvem definições e especificações de outros projetos, tais como o Projeto de Estruturas, de Impermeabilização e Proteção Térmica.

1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

7.     ESPECIFICAÇÕES SOB A RESPONSABILIDADE DO PROJETO DE ARQUITETURA

As especificações de produtos sob a responsabilidade do projeto de Arquitetura foram realizadas pela verificação das propriedades e características adequadas para cada ambiente segundo suas normas de especificação e segundo os requisitos e critérios da ABNT NBR 15575 e são apresentadas no Anexo.

A substituição destes produtos deverá ser feita por produtos de desempenho equivalente comprovado por ensaios do fabricante e mediante a aprovação dos responsáveis pelo projeto de Arquitetura e/ou de consultores especializados.

7.1  Fachadas

As fachadas foram especificadas considerando:

  • O desempenho térmico requerido pela ABNT NBR 15575 Parte 4 e com base no relatórios e recomendações do consultor

Memória de cálculo da Transmitância Térmica e da Capacidade Térmica para a fachada do empreendimento:

A fachada será composta por parede de:

  • Alvenaria de blocos de concreto de dimensões ,
  • Revestimento de argamassa de cimento em espessura de cm pelo lado externo
  • E espessura de no lado interno com espessura final da parede de              

Espessura final da parede de fachada:                cm.

Revestimento decorativo em pintura em cor clara com absortância à radiação solar (α) < 0,6.

Nestas condições a Transmitância Térmica (U) calculada segundo a ABNT NBR 15220 é de:              W/m2K

OBS: caso a fachada seja composta por diferentes tipos e cores de materiais, calcular para estes diferentes tipos. 

Esse valor atende o limite máximo de 3,7 W/m2.K previsto na ABNT NBR 15575 Parte 4 para o caso em que o revestimento externo apresenta α < 0,6.

A Capacidade Térmica (C) calculada foi de              kJ/ m2.K atendendo ao limite mínimo de 130 KJ/m2K, definido na ABNT NBR 15575 Parte 4.

OBS: Em caso deste cálculo revelar que o sistema construtivo de fachada não atende aos critérios haverá as alternativas de alterar a composição da fachada (camadas e/ou cores) ou realizar a simulação computacional quando então entram em cena outras variáveis para determinar o desempenho térmico dos ambientes de permanência prolongado (salas e dormitórios).

O arquiteto deverá indicar diretamente ao contratante a necessidade de simulação no caso de fachada em parede de concreto maciça, sistemas leves como Light Steel Frame ou em casos em que há predominância de superfícies envidraçadas na fachada tendo em vista que nestes casos sabidamente não se atingirá os valores do método simplificado.  

O Tempo Requerido de Resistência ao Fogo de               minutos requerido para a fachada conforme previsto nas ITs nº 08 e nº 09 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo: 

Esta composição de parede de fachada a ser utilizada, de acordo com a Tabela do Anexo 2 da IT    , atinge minutos de resistência ao fogo, pois tem dimensões e características iguais ou maiores que a parede referência usada na Tabela a partir de ensaios (ou ensaios do fabricante ou de sua associação de classe ou ensaios do Anexo da IT nº 08 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.

Referência para comprovação de atendimento aos TRRFs requeridos:

O fornecedor de blocos deverá apresentar demonstração de conformidade dos produtos à ABNT NBR     (norma de especificação dos blocos cerâmicos ou de concreto).

Todas as juntas verticais devem ser preenchidas inteiramente com argamassa de assentamento à base de cimento e as condições de frestas em encontros da parede com piso, laje superior, vigas e pilares devem ser devidamente solucionadas em projeto ou por procedimento executivo da empresa construtora.

O revestimento externo especificado considera ainda as condições de exposição – radiação solar, variações térmicas, exposição à umidade e água de chuva e aos agentes poluentes segundo comprovação de desempenho técnico apresentado pelo fabricante.

7.1  Paredes internas

As paredes internas foram definidas segundo os requisitos de desempenho acústico previstos na ABNT NBR 15575 Parte 4 de acordo com as especificações do relatório técnico da empresa                                        de               (data do relatório), e segundo os requisitos de Tempo Requerido de Resistência ao Fogo – TRRF da IT                      do Corpo de Bombeiros segundo projetos específicos de segurança contra incêndio e de vedações.

Revestimentos de paredes internas: 

Todos os revestimentos de paredes utilizados nas áreas privativas não apresentam condição de propagação de chamas e geração de fumaça.

Os revestimentos cerâmicos das áreas molhadas e molháveis apresentam características adequadas para os respectivos ambientes, conforme as propriedades descritas no Anexo e as fichas técnicas dos produtos especificados em projeto fornecidas pelos fabricantes.

Nas áreas comuns os revestimentos especificados apresentam as classes de propagação de chamas e de densidade ótica de fumaça permitidas na ABNT NBR 15575 Parte 4, conforme as fichas técnicas fornecidas pelos fabricantes e anexas a este memorial (materiais:                                                      ). Obs.: se a especificação for do projeto de interiores remete para ele.

Pinturas:

 

As tintas especificadas têm propriedades adequadas para a condição de exposição de cada ambiente interno e externo, conforme especificações do fabricante.

7.2  Portas de madeira

As portas de madeira deverão atender à ABNT NBR 15930 – Portas de madeira para edificações, quanto aos esforços mecânicos e resistência à umidade conforme especificações do anexo.

Fechaduras: 

As fechaduras a serem utilizadas devem atender às condições da ABNT NBR 9050 nas áreas acessíveis e devem apresentar condições de funcionalidade e ergonomia, de modo a não causar ferimentos aos usuários em seu manuseio.

O fabricante deve demonstrar o atendimento à NBR 14913 – Fechadura de embutir – Requisitos, classificação e métodos de ensaio, 6/09/2011.

7.3  Portas corta-fogo

As portas corta-fogo e seus componentes foram especificadas nos locais previstos na legislação de Corpo de Bombeiros pelo projeto de segurança contra incêndio e devem ser adquiridas com comprovação de atendimento à ABNT NBR 11742 – Porta corta-fogo para saída de emergência, 30/04/2003 e à NBR 15281 – Porta corta-fogo para entrada de unidades autônomas e de compartilhamentos específicos de edificações, 31/10/2005 e à NBR 13768 – Acessórios destinados à porta corta-fogo para saída de emergência – Requisitos, 30/01/1997.

7.4  Vidros

Os vidros que se encontram em portas ou locais susceptíveis ao impacto humano (nos ambientes:

                                    ,) foram especificados como vidros de segurança segundo a ABNT NBR 7199 – Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações segundo especificação do projeto de esquadrias.

7.5  Esquadrias

As esquadrias de alumínio foram especificadas pelo projeto de arquitetura quanto aos vãos atendendo-se aos requisitos ventilação e iluminação do Código de Obras do Município de São Paulo (ou de acordo com a ABNT NBR 15575 Parte 4 quando o Código de Obras ou Código Sanitário não definem).

Os requisitos de estanqueidade, permeabilidade ao ar, cargas uniformemente distribuídas, operações de manuseio, segurança nas operações de manuseio segundo a ABNT NBR 10821 – Esquadrias externas para edificações deverão ser atendidos mediante dimensionamento para a altura da edificação e para a região de vento de São Paulo segundo a ABNT NBR 6123 – Forças devidas ao vento em edificações.

Cabe à construtora contratar projeto específico para este fim, utilizar esquadrias ensaiadas pelos respectivos fornecedores segundo os métodos de ensaio previstos na ABNT NBR 10821, e/ou submeter um protótipo das esquadrias a serem utilizados aos ensaios pertinentes.

O desempenho acústico requerido pelas esquadrias de dormitórios para as dimensões projetadas, para o tipo de parede utilizada na fachada e para a Classe de Ruído do empreendimento (exemplo: Classe II, mínimo de isolamento do conjunto parede + esquadria de 25 dB) foi estimado no relatório da empresa                                                  

Visando a durabilidade, o fornecedor deverá assegurar ainda o atendimento à ABNT NBR 12609 – Tratamento de superfície do alumínio e suas ligas – Anodização para fins arquitetônicos, 14/09/2012 ou se o tratamento for em pintura eletrostática a ABNT NBR 14125 – Alumínio e suas ligas – Tratamento de superfície – Revestimento orgânico para fins arquitetônicos – Requisitos, 1º/12/2016, conforme especificações do projeto de esquadrias.

7.6  Especificações de revestimentos de pisos

Estanqueidade: 

Deverão ser estanques os pisos de área de serviço, banheiro com chuveiro (piso todo). Nas áreas comuns deverão ser estanques todas as áreas externas.

Os sistemas de impermeabilização ou outros sistemas que permitam atingir a estanqueidade, para cada um destes ambientes, deverão ser definidos pela construtora com projeto específico, sendo que no caso de impermeabilização deve-se utilizar a ABNT NBR 9575 – Seleção e projeto de impermeabilização, e os sistemas escolhidos deverão ser conformes às suas respectivas normas de especificação.

Desempenho acústico: 

A composição dos sistemas de pisos de dormitórios para atingir o desempenho acústico mínimo de LnTw ≤ 80 dB com relação a ruído de impacto e DnTw de 45 dB em relação ao ruído aéreo são especificados no relatório técnico de acústica da empresa                                                                          .

Reação ao fogo: 

Os  pisos                                         especificados apresentam classes de reação ao fogo comprovadas pelo fabricante conforme fichas técnicas/relatórios de ensaios, as quais atendem aos requisitos e critérios requeridos para os ambientes pela ABNT NBR 15575 Parte 3.

Os demais revestimentos de pisos (cerâmica,  porcelanato, cimentado,                            ) são reconhecidamente incombustíveis.

Segurança no uso e operação: 

Nos banheiros com chuveiro, nas áreas de serviço, em escadas e rampas e nas áreas externas são utilizados revestimentos de piso com coeficiente de atrito dinâmico ≥0,4 conforme especificações do Anexo.

Não há desníveis abruptos sem identificação da mudança de nível, nem frestas entre componentes de pisos, ou rugosidade excessiva ou irregularidades em pisos que possam provocar ferimentos nos usuários.

7.8. Coberturas e forros 

A cobertura em                            (laje impermeabilizada) deve ter proteção térmica em função da necessidade de atingir o valor de transmitância térmica previsto pela ABNT NBR 15575 Parte 5. A proteção térmica deve ser especificada no projeto de impermeabilização visando a compatibilização dos dois sistemas.

Os forros nas áreas                               devem ser fixados conforme as respectivas normas e recomendações do fabricante e deve ser indicado no Manual de uso e manutenção o valor de cargas máximas que podem ser fixadas como cargas suspensas.

O tratamento acústico de ambientes comuns (salão de festas, salão de jogos, cinema, “garage band” etc.) devem ser objeto de projeto especifico visando o atendimento à ABNT NBR 10152 – Acústica — Níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações.

7.9  Playground 

Os brinquedos de playground são especificados pelo projeto de paisagismo (ver modelo do memorial descritivo do projeto de paisagismo).

 

1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

8.          VIDA ÚTIL DE PROJETO

A vida útil de projeto (VUP) no que diz respeito às especificações sob a responsabilidade do projeto de Arquitetura está fundamentada nos critérios da ABNT NBR 15575 Parte 1 pelo atendimento das normas técnicas aplicáveis ao projeto que afetam a vida útil e pelas especificações terem sido feitas considerando-se as condições de uso e exposição.

A alteração de especificação para materiais/componentes que não mantém a condição de serem adequados às condições de uso e exposição e/ou não atendam suas normas poderá reduzir a vida útil de projeto.

O projetista de Arquitetura não poderá ser responsabilizado nestas circunstâncias.

A vida útil de projeto (VUP) de determinados sistemas depende ainda da correta especificação de materiais e componentes que não são da responsabilidade do projeto de Arquitetura entre os quais se pode exemplificar: argamassas de revestimento e assentamento, argamassas de rejuntamento, elementos de fixação de guarda- corpos, forros, etc.

Cabe à construtora assegurar que estes materiais e componentes sejam especificados e adquiridos em conformidade às suas respectivas normas e às condições que assegurem a durabilidade necessária para atingir a vida útil mínima prevista em norma.

Assim também a vida útil de projeto (VUP) dos sistemas especificados pelo projeto de Arquitetura depende ainda das condições de execução dos serviços correspondentes segundo as normas aplicáveis à execução e instalação de componentes e sistemas, o que é de responsabilidade da construtora.

1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

9.          ALTERAÇÕES DE PROJETO E ESPECIFICAÇÕES

Sempre que forem necessárias alterações dos projetos, estas somente serão autorizadas pelo responsável técnico do projeto.

Em caso de anuência, a autorização deverá ser formalizada através de documento escrito. Todas as alterações deverão se enquadrar nas exigências ou indicações das normas pertinentes.

As alterações deverão ser incorporadas às revisões de projeto em documentos apropriados, de modo a sempre haver correspondência entre o que é executado e o que está especificado em projeto.

 

Local,           de                 de                   .

 

RESPONSÁVEIS TÉCNICOS:

 

Nome

 

CAU                                       

1ª edição
Modelo de Memorial Descritivo para Projetos de Arquitetura

10.          ANEXOS 

  • Cópia do RRT do Projeto de Arquitetura
  • Planta do terreno com situação em relação às vias públicas e Google Earth com situação em relação às edificações vizinhas
  • Levantamento planialtimétrico fornecido pelo contratante – ver arquivo anexo
  • Especificações de responsabilidade do Projeto de Arquitetura
  • Revestimentos de pisos por ambiente (ver arquivo na página 20)
  • Especificação de outros revestimentos de pisos
  • Especificação das portas de madeira (ver arquivo na página 21)
  • Fichas técnicas/declaração de conformidade dos produtos especificados – arquivos anexo

Observações:

 

O fornecedor deverá indicar entre suas linhas de produtos as que reúnem estas características para cada ambiente, demonstrando o desempenho por meio de ficha técnica/declaração de conformidade, a qual deverá ser entregue, indicando-se em que laboratório os ensaios foram realizados, em que data, números dos relatórios de ensaios e a ficha deve estar em papel oficial da empresa, datada e assinada por profissional responsável técnico pelas informações prestadas.

A dureza Mohs não é uma característica normalmente apresentada pelos fabricantes, pois não é obrigatória segundo a ABNT NBR 13818, mas deve ser solicitada nos ambientes em que não pode haver riscos excessivos. A escala até 10 representa que quanto mais baixa a Dureza maior é a possibilidade do piso ser riscado.

1ª edição