Preços dos imóveis novos aumentam

Os preços médios nominais dos imóveis novos em dez capitais do país se elevaram em 1,63% em junho, acumulando aumento de 9,31% em 12 meses. É o que mostra o IGMI-R (Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial), calculado pela Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

Junho representou o quinto mês consecutivo de aceleração no resultado mensal e no acumulado de 12 meses. Em maio, estas variações haviam sido de 1,33% e de 8,15%, respectivamente. Portanto, na comparação com os índices de preços ao consumidor, o IGMI-R registra ligeira elevação dos preços também em termos reais.

No primeiro semestre, os preços subiram 6,04%, ligeiramente abaixo dos 6,98% registrados no mesmo período do ano passado.

Na cidade de São Paulo, os preços aumentaram em média 2,70% em junho (ante 2,08% em maio) e 15,76% no acumulado de 12 meses (ante 13,64% nos 12 meses até maio). No primeiro semestre, a elevação foi de 10,23%, quase a mesma dos 10,54% do mesmo período do ano passado.

Despois de São Paulo, as capitais que registraram os maiores aumentos em junho, na comparação com maio, foram Brasília (1,84%), Curitiba (1,19%) e Rio de Janeiro (1,13%). No acumulado de 12 meses, as maiores elevações ocorreram também em Brasília (10,04%), Curitiba (7,16%) e Rio de Janeiro (6,12%).

Comparando os resultados acumulados nos primeiros semestres de 2020 e 2021, a recuperação em 2020 foi mais forte que a de 2021 na maioria das capitais analisadas, excetuando Rio de Janeiro e Brasília. Enquanto o Rio de Janeiro se recupera a partir de uma base de comparação muito baixa em 2020, o mesmo não vale para Brasília, que já integrava no ano passado um grupo com destaque positivo, sendo a única capital com variações acima de 10% nos dois anos sob essa ótica.

Já Recife e Fortaleza ainda registram variações relativamente baixas nos acumulados dos primeiros semestres dos dois anos, inclusive com desaceleração entre 2020 e 2021. As demais capitais tiveram aumentos mais elevados, mas ainda assim com alguma desaceleração na comparação dos resultados acumulados dos primeiros semestres de 2020 e 2021.

Segundo a Abecip, na perspectiva mais ampla das variações acumuladas em 12 meses, virtualmente todas as capitais apresentaram aceleração na comparação dos resultados entre maio e junho, indicando que a direção da recuperação a partir dos resultados do segundo semestre de 2020 é consistente entre as regiões, apesar das disparidades quantitativas.

Na análise daquela entidade, a continuidade dos bons resultados observados em diferentes indicadores recentes do nível de atividade da economia brasileira sugere um cenário de continuidade da recuperação ao longo do segundo semestre do ano, para o que colabora de forma decisiva a evolução da imunização. Essa conjuntura favorece a retomada de ganhos reais nos preços dos imóveis residenciais até o final do ano, mas continua condicionada aos desafios impostos pela pandemia, em particular sobre o mercado de trabalho.