Preços dos imóveis residenciais seguem em elevação

Os preços dos imóveis residenciais novos em dez capitais de Estados aumentaram 1,74% em agosto, ligeiramente menos que a elevação de 1,86% registrada em julho. Entretanto, no acumulado de 12 meses até agosto, os preços tiveram aumento de 12,48%, acima dos 11,02% do mês anterior.

Os dados são do IGMI-R (Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial) da Abecip (Associação Brasileira de Empresas de Crédito Imobiliário e Poupança) e mostram que os preços seguem trazendo ganhos reais em quatro capitais, na comparação com o IPCA.

Na cidade de São Paulo, os preços evoluíram 2,03% em agosto, acumulando 19,34% em 12 meses. Também tiveram aumentos expressivos os preços dos imóveis no Rio de Janeiro (2,26% em agosto e 10,81% em 12 meses), Brasília (1,04% e 12%) e Curitiba (1,63% e 9,98%).

As demais capitais registraram as seguintes variações nos preços dos imóveis no mês e no acumulado de 12 meses: Porto Alegre (1,68% e 8,47%); Goiânia (1,49% e 8,55%); Salvador (1,42% e 7,56%); Fortaleza (0,85% e 3,65%); Belo Horizonte (0,71% e 4,82%) e Recife (0,40% e 3,16%).

Na análise da Abecip, os resultados acontecem em um contexto de aumento de incertezas em relação à evolução do nível de atividades em geral no país: a vacinação avança e o setor de serviços se recupera, mas a inflação atinge os preços dos insumos da construção e o poder aquisitivo dos consumidores. As taxas de juros se elevam em um momento em que a recuperação do nível de atividades ainda não vem sendo suficiente para recompor as perdas de emprego e rendimentos registradas ao longo de 2020.

Segundo a entidade, esses são desafios fundamentais para a dinâmica do setor de construção civil nos próximos meses, que irão determinar a trajetória dos preços dos imóveis, ainda em tendência de aceleração em agosto.

Fonte: SindusCon-SP