Preços dos imóveis residenciais

Os preços dos imóveis residenciais novos em dez capitais de Estados aumentaram em média 1,76% em setembro, mostrando estabilidade em relação à elevação de 1,74% registrada em agosto. No acumulado de 12 meses até setembro, os preços subiram 13,81%, acima dos 12,48% até o mês anterior.

Os dados são do IGMI-R (Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial) da Abecip (Associação Brasileira de Empresas de Crédito Imobiliário e Poupança) e mostram que os preços seguem trazendo ganhos reais em metade das capitais pesquisadas, na comparação com o IPCA.

Na comparação do acumulado do terceiro trimestre com o segundo trimestre, os maiores aumentos ocorreram em São Paulo (6,87%), Rio de Janeiro (6,04%), Curitiba (4,28%), Brasília (4,24%) e Porto Alegre (4,06%). Registraram aumentos menores Goiânia (3,51%), Salvador (3,39%), Fortaleza (2,55%), Belo Horizonte (2,09%) e Recife (1,62%).

Na cidade de São Paulo, os preços evoluíram 1,49% em setembro, acumulando 20,17% em 12 meses. Também tiveram aumentos expressivos os preços dos imóveis no Rio de Janeiro (2,52% em setembro e 13,06% em 12 meses), Brasília (2,24% e 14,20%) e Porto Alegre (1,98% e 10,23%).

As demais capitais registraram as seguintes variações nos preços dos imóveis no mês e no acumulado de 12 meses: Fortaleza (1,69% e 5,03%); Salvador (1,57% e 8,55%); Curitiba (1,39% e 10,94%); Goiânia (1,25% e 9,32%); Recife (1,02% e 4,03%) e Belo Horizonte (0,84% e 5,49%).

Na análise da Abecip, a evolução desses preços ocorre no momento em que a retomada do nível de atividades na economia desacelera. A imunização avança permitindo a recuperação do setor de serviços, mas o desemprego segue elevado, as incertezas relativas ao quadro fiscal persistem e a elevação dos juros em função da inflação deverá tornar as condições de crédito menos favoráveis.

De acordo com a entidade, os impactos do aumento das incertezas sobre o ritmo de retomada da economia e das elevações generalizadas de preços irão condicionar a continuidade da aceleração dos preços nominais dos imóveis residenciais no Brasil nos próximos meses.

Fonte: SindusCon-SP