A diferença da estanqueidade.

Uso de manta de impermeabilização recoberta por argamassa cimentícia é uma das soluções usadas para melhorar a estanqueidade de lajes.
 Crédito: UFRGS

Quando se fala em estanqueidade na construção civil não se pode dissociá-la da impermeabilização. Ela é que dá garantia para que as estruturas da obra não apresentem vazamentos nem fiquem suscetíveis a patologias – principalmente, infiltrações. Um bom projeto de impermeabilização assegura não só a durabilidade da edificação como prolonga seu tempo de vida útil. Além disso, ajuda a reduzir custos tanto na etapa de execução quanto na de manutenção. É o que ressalta o diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), José Miguel Morgado, em palestra no web seminário “A impermeabilização sob a ótica da Norma de Desempenho”.

O sucesso de um projeto de impermeabilização depende de 5 pontos básicos: a qualidade da edificação sob o aspecto construtivo, a qualidade da execução, a qualidade dos materiais, a fiscalização e a manutenção. O engenheiro civil José Miguel Morgado destaca que o projeto de impermeabilização deve ser específico para cada obra. “Ele deve ser desenvolvido a partir de projetos de arquitetura, de estrutura, de paisagismo e demais projetos complementares. Da mesma forma, deve apresentar memorial descritivo relacionando serviços, materiais e planilhas de quantitativos, assim como a especificação das metodologias executivas”, afirma.

Para ajudar nos projetos de impermeabilização, o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI) disponibiliza em sua página uma série de informativos e manuais. Entre eles, “Diretrizes para a elaboração do manual de uso, operação e manutenção da impermeabilização”, o qual mostra que requisitos de estanqueidade se tornaram imprescindíveis a projetos que se submetem à Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575). Diz trecho do manual: “As negligências no atendimento integral dos programas definidos no manual, bem como ações anormais do meio ambiente, irão reduzir o tempo de vida útil, podendo este ficar menor que o prazo teórico calculado como vida útil de projeto.”

Três normas técnicas ligadas à impermeabilização estão em processo de revisão

O mais recente manual publicado pelo Instituto Brasileiro de Impermeabilização trata da “Utilização de aditivos para concreto dosado em central”. No entanto, o IBI alerta: “Impermeabilizar não é apenas aplicar produtos químicos. Para obter 100% de estanqueidade, é necessário um conjunto de soluções que devem estar no plano de impermeabilização da obra”. O documento também lembra que um projeto de impermeabilização custa o equivalente a 3% do valor da obra, enquanto que a correção de problemas causados por infiltrações pode chegar a 10% do custo do empreendimento.

Além dos manuais, o Instituto Brasileiro de Impermeabilização lidera o Comitê Brasileiro de Impermeabilização (CB-022) na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Atualmente, existem 29 normas técnicas relacionadas à impermeabilização, além de duas ISO e 4 Normas Regulamentadoras. Destas, três estão em processo de revisão:

  • ABNT NBR 12171 – Aderência aplicável em sistema de impermeabilização composto por cimento impermeabilizante e polímeros – Método de ensaio
  • ABNT NBR 9574 – Impermeabilização, seleção e projeto (será dividida em 4 partes: nomenclatura, projeto, execução e manutenção)
  • ABNT NBR 9575 – Execução de impermeabilização

Assista a íntegra do web seminário
“A impermeabilização sob a ótica da Norma de Desempenho”

 

Entrevistado
Reportagem com base em web seminário com o engenheiro civil José Miguel Morgado, diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI)

Contato
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Fonte: Abece