Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo

Na elaboração de um empreendimento, a definição prévia, objetiva e cuidadosa do escopo dos projetos e serviços envolvidos é uma necessidade básica para que uma incorporação imobiliária seja bem-sucedida.

 

Para a definição adequada dos escopos de cada projeto (grandes ou pequenos), necessários ao desenvolvimento do empreendimento imobiliário, entidades representativas do setor de projetos do mercado imobiliário e da construção uniram seus esforços para estabelecer, por consenso, os Manuais de Escopo de Projetos e Serviços para a Indústria Imobiliária, os quais, de forma didática, descrevem parâmetros para contratar e desenvolver projetos com eficiência e segurança, cumprindo todas as etapas necessárias.

 

A ideia dessa iniciativa é direcionar os procedimentos de contratação facilitando o processo. Afinal, a definição clara do escopo dos projetos é o primeiro passo de uma importantíssima mudança nas relações entre os diversos agentes do setor da construção imobiliária, com melhoria na definição de responsabilidades envolvidas e efetivo atendimento às Normas Técnicas e ao Código Civil.

Os Manuais de Escopo representam uma importante base de informações dirigida a contratantes e projetistas que buscam por qualidade no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários. O trabalho iniciado em 1998, teve sua primeira edição em 2000 e há mais de 5 anos, a partir do monitoramento do site www.manuaisdeescopo.com.br, contabilizamos, entre consultas e emissões de proposta, mais de 420.000 acessos, número que reforça seu valor para o setor.

 

Em um processo de melhoria contínua, esta nova edição traz o trabalho desenvolvido sob coordenação técnica da consultora Maria Angelica Covelo Silva, engenheira civil e doutora em engenharia e diretora da NGI Consultoria e Desenvolvimento. O conteúdo elaborado em conjunto, por consenso, entre representantes do Secovi-SP, SindusCon-SP e respectivas entidades de projeto, proporcionam um entendimento adequado e abrangente sobre o escopo dos projetos de cada especialidade no atendimento à norma de desempenho (ABNT NBR 15.575:2013).

 

O resultado foi o conteúdo Escopos para Atendimento à Norma de Desempenho, inserido como capítulo na atualização dos Manuais de Escopo aplicáveis,  e disponibilizado como documentos avulsos para as disciplinas que ainda não possuem Manual de Escopo, além do Guia para utilização dos Escopos de projeto de edificações habitacionais para atendimento à ABNT NBR 15.575: 2013  e de Modelos de Memoriais Descritivos, os quais indicam premissas e considerações do projeto de um empreendimento, incluindo informações relativas ao atendimento dos requisitos previstos na referida norma.

 

Os manuais revisados, que incorporam os conteúdos descritos acima, são identificados com o selo NBR 15.575 em sua capa.

 

Boa leitura!

 

 

Coordenação Geral dos Manuais de Escopo

3ª Edição
Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo

A elaboração de um projeto é um processo complexo que envolve, além dos projetos em si, diversas interfaces com outras especialidades técnicas. Portanto, a contratação e a coordenação racional de um projeto devem considerar a necessidade de integração das equipes, dos conhecimentos e das experiências. Além disso, a dinâmica atual da indústria imobiliária tem exigido otimização cada vez maior dos projetos para garantir melhor planejamento e controle das obras.

 

Para que essa otimização seja possível, é necessário o estabelecimento de um fluxo de trabalho estável e padronizado na elaboração dos projetos de um empreendimento, onde as etapas realizadas atendam adequadamente às necessidades de todos os intervenientes e contribuam para a interação eficiente entre as diversas equipes. Essa é a premissa de todos os manuais elaborados.

 

O principal objetivo é apresentar diretrizes para que as responsabilidades sejam bem definidas, eliminando, assim, as chamadas “zonas cinzentas” entre contratantes, projetistas, fornecedores e executores das obras. Os documentos oferecem orientações precisas sobre como identificar os itens envolvidos e suas soluções, atendendo às expectativas dos empreendedores.

Os Manuais partem de uma sequência de atividades, organizada em fases bem definidas, que permitem determinar com clareza cronogramas, medições e outras etapas notáveis.

 

Os serviços oferecidos durante a elaboração de um projeto foram classificados conforme sua necessidade, em:

 

Essenciais     presentes em qualquer tipo ou porte de empreendimento;

 

Específicos  vinculados às características daquele empreendimento, como por exemplo, número de subsolos, critérios de sustentabilidade, etc.;

 

Opcionais     aqueles que o contratante entende como conveniente para determinada especialidade, na etapa em questão, e que não estejam enquadrados nos outros dois tipos.

 

Para cada etapa de projeto, os Manuais apresentam a Descrição da Atividade, relacionando os Dados Necessários à realização de cada etapa (documentos ou informações a serem fornecidos) e descrevendo com profundidade os Produtos Gerados por esses serviços, identificando o momento oportuno em que as ações devem ocorrer. Também esclarecem com perfeição as Responsabilidades por atividade, documento e produto gerado.

 

Desenhos, detalhes, memoriais descritivos, requisições, relatórios, quadros etc., gerados individualmente pelos serviços de projetos contratados, são identificados, bem como é estabelecido quando são necessários.

 

Com os Manuais de Escopo de Projetos e Serviços, portanto, todos os envolvidos podem visualizar o nível de detalhamento requerido e o momento certo de exigir, fornecendo dados e informações para que os projetos respondam corretamente aos objetivos e desejos dos empreendedores e futuros usuários.

 

É importante ainda ressaltar que a abordagem dos Manuais se inicia nas definições conceituais de um empreendimento e vai até a etapa de acompanhamento técnico das obras, sua entrega final, incluindo os desenhos “as built” e passando pela mais importante atividade prevista nesses Manuais: a compatibilização e a consolidação das interfaces dos vários sistemas em todas as etapas.

3ª Edição
Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo

Os Manuais oferecem inestimável referência a todos aqueles que se relacionam com o processo de desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, contribuindo decisivamente para a apresentação de propostas de serviços e a organização dos trabalhos.

 

Para os projetistas, se constituem em excelente instrumento de valorização do projeto e de seu trabalho, possibilitando a todos envolvidos um conhecimento pleno do seu conteúdo e inter-relações.

 

Para os empreendedores, os Manuais de Escopo de Projetos e Serviços oferecem recomendações importantes a serem seguidas, de acordo com o que se considera boa técnica na execução de projetos.

 

Para os contratantes, possibilitam a efetiva comparação das propostas técnicas e comerciais que venham a ser apresentadas para elaboração de projetos, resultando em investimentos mais equalizados, financeira e tecnicamente adequados a ambas as partes, e, portanto, mais eficazes.

 

O bom uso dos Manuais permite que diferentes empresas ou profissionais de projeto apresentem propostas com base em idêntico nível de abrangência e rigor técnico, desde a fase de proposta, até o acompanhamento pós-entrega da obra. Isso resulta em menor incidência de discrepâncias nos valores de honorários propostos, muitas vezes apresentando custos incompatíveis com o teor e a qualidade de projeto desejável.

 

Como resultado, os projetos serão mais bem desenvolvidos e compatibilizados, proporcionando obras mais eficientes e econômicas, com melhor controle do seu desenvolvimento.

3ª Edição
Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo

FASE A

CONCEPÇÃO DO PRODUTO

Levantar um conjunto de informações jurídicas, legais, programáticas e técnicas; dados analíticos e gráficos, Normas Técnicas aplicáveis, bem como a definição dos Padrões e Critérios de Desempenho (Mínimo, Intermediário e Superior) Níveis de Sustentabilidade do Empreendimento (definindo inclusive se será objeto de Certificação).

 

Estas premissas têm como objetivo determinar as restrições e possibilidades que regem e limitam o produto imobiliário pretendido e permitirão caracterizar o partido arquitetônico e urbanístico, e as possíveis soluções das edificações e de implantação dentro das condicionantes levantadas.

 

Esta fase está subdividida nas seguintes etapas:

 

LV – Levantamento de Dados

PN – Programa de Necessidades

EV – Estudo de Viabilidade

3ª Edição
Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo

FASE A - CONCEPÇÃO DO PRODUTO

SERVIÇOS ESSENCIAIS

PSG- A 001 - Identificação das Restrições Legais e análise do potencial paisagístico, concepção.

Descrição da Atividade

Identificar as restrições de legislação nas esferas Municipal, Estadual e Federal a fim de orientar o Empreendedor quanto às restrições legais que possam ter influência na concepção do produto tais como:

  • Alinhamentos, recuos e afastamentos.
  • Área verde mínima obrigatória – permeabilidade
  • Vegetação significativa / eventuais restrições de manejo arbóreo
  • Córregos e canalizações existentes

 

Outros aspectos específicos dos órgãos públicos

  • Acessibilidade
  • Análise das interferências físicas e visuais na área de trabalho e entorno, através de visitas ao local.
  • Desenvolvimento do produto pretendido.
  • Analisar o potencial paisagístico do local, indicando possibilidades de áreas de lazer (praças, quiosques, churrasqueira, etc.), áreas esportivas (quadras, piscinas, etc.), massas vegetais, lagos, espelhos d’água, etc.

Dados Necessários

Empreendedor/Contratante

  • Levantamento planialtimétrico cadastral
  • Levantamento Arbóreo quando houver vegetação significativa no terreno
  • Estudos preliminares ou projetos existentes
  • Programa
  • Consultoria da área de vendas.
  • Pareceres de consultores específicos
  • Nível de atendimento aos conceitos de sustentabilidade
  • Definição do interesse ou não por certificação
  • Estudo de permeabilidade do solo no local da obra e entorno
  • Dados de contaminação de terreno (se houver)
  • Dados de sistema viário

 

Órgãos Públicos

  • Diretrizes e restrições legais

Produtos Gerados

  • Estudos iniciais – Elemento a ser incorporado ao projeto quando a escala e ou a complexidade do programa assim o exigir. Deverá apresentar a concepção e as diretrizes a serem adotadas, indicando eventualmente as alternativas de partidos e sua viabilidade física e econômica.
  • Desenho técnico e/ou artístico em escala adequada permitindo a clara compreensão da proposta paisagística.

Observações

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FASE A - CONCEPÇÃO DO PRODUTO

SERVIÇOS ESSENCIAIS

PSG-A 002 - Análise das restrições de legislação nas esferas Municipal, Estadual e Federal.

Descrição da Atividade

Análise preliminar da legislação sobre o local fornecido por Órgãos Técnicos Públicos específicos, sendo os principais: (observação 1)

  • Órgão de controle de áreas verdes municipal
  • Órgão de controle do meio ambiente estadual
  • Órgão de controle de meio ambiente federal (IBAMA)
  • Verificar necessidade de EIA/ RIMA (relatório de impacto ambiental)
  • Outras restrições Municipais, Estaduais e Federais que houver.

Dados Necessários

Paisagismo

  • Todos os produtos gerados na atividade PSG-A 001 completos e aprovados pelo empreendedor.

 

Empreendedor

  • Toda a documentação exigida por cada um dos órgãos, relativa ao terreno específico.
  • Levantamento da Legislação pertinente à matéria.
  • Dados sobre o terreno (solos, nascentes, contaminação, sítios históricos e ou arqueológicos, etc.)

Produtos Gerados

  • Relatório preliminar de condicionantes locais, contendo os comentários preliminares das consultas verbais a cada órgão sobre as condicionantes específicas do local para a implantação do empreendimento, indicando a necessidade de “Termo de Compensação Ambiental”, preservação de córregos e nascentes, preservação de matas, etc.

Observações

  1. Os documentos necessários, procedimentos e forma de resposta de cada órgão poderão variar em função de cada um e da localidade
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FASE B

DEFINIÇÃO DO PRODUTO

Desenvolver o partido arquitetônico e demais elementos do empreendimento, definindo e consolidando todas as informações necessárias a fim de verificar sua viabilidade física, legal e econômica bem como possibilitar a elaboração dos Projetos Legais.

 

Esta fase está subdividida nas seguintes etapas:

 

EP – Estudo Preliminar

AP – Anteprojeto

PL – Projeto Legal

 

Observação

 

Para início desta fase é fundamental que estejam definidos e contratados todos projetistas e consultores de cada especialidade os quais serão demandados no projeto. Os mesmos deverão realizar análise, avaliação e emitir comentários preliminares do material desenvolvido na Fase anterior, os quais servirão de subsídio para início da Fase B.

 

Também é importante definir se haverá Certificações de Sustentabilidade ou outras e o nível pretendido.

 

Definir adoção do processo de classificação da informação da construção – BIM

 

Esta atividade ocorre por meio de um processo de aproximações sucessivas e nem sempre o processo é linear.

3ª Edição
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FASE B - DEFINIÇÃO DO PRODUTO

SERVIÇOS ESSENCIAIS

PSG-B 001 - Solução preliminar de Implantação do paisagismo no empreendimento.

Descrição da Atividade

  • Desenvolver uma solução geral de implantação para verificação dos condicionantes legais e programáticos do empreendimento levantados na fase anterior.
  • Especificação qualitativa de materiais de acabamentos e equipamentos tais como: elementos construídos específicos (muros de arrimo, escadarias, piscinas, guaritas, quadra, etc.).
  • Compatibilização com os demais projetos (ou com projetos complementares)
  • Acompanhamento da produção do material de divulgação (maquetes e folhetos)

Dados Necessários

Empreendedor

  • Aprovação da fase anterior

 

Coordenador

  • Definição de normas de apresentação, comunicação e fluxo de informações a serem utilizadas durante as fases e atividades, caso não haja coordenação esta tarefa caberá ao empreendedor.

Arquitetura

  • Estudo preliminar e/ou anteprojeto
  • Restrições Legais (área verde e área permeável necessárias para o projeto)
  • Projeto de terraplenagem (geométrico) quando pertinente
  • Área de projeção necessária

Levantamentos

  • Levantamento Planialtimétrico.
  • Levantamento Arbóreo quando existir árvores no terreno
  • Levantamento Cadastral quando necessário e pertinente
  • Levantamento de Legislação (quando a área estiver numa APA-Área de Proteção Ambiental)

Sistemas prediais

  • Comentários e recomendações preliminares sobre a ligação do edifício aos serviços públicos (entrada de força, água, gás)
  • Previsão de locais técnicos, (conforme HID-B-001, ELE-B-001 e COP-B-002)

Estrutura

  • Consulta sobre restrições estruturais.

Consultores

  • Pareceres específicos:
  • Agrônomo, consultor de piscina, consultor esportivo, drenagem, vendas, engenheiro de tráfego, impermeabilização, ar condicionado, automação, contaminação de terreno (se houver), bombeiros etc.

Produtos Gerados

  • Peças gráficas (plantas, cortes, elevações ilustrações) de forma a permitir o total entendimento ao projeto com atendimento do partido adotado
  • Distribuição espacial das atividades
  • Indicação do tratamento paisagístico e sua linguagem
  • Definição básica (memorial) de materiais
  • Modelagem preliminar do terreno
  • Tipologia da vegetação
  • Indicação de elementos especiais tais como pérgulas, pórticos, peças de água, obras de arte, etc.

Observações

Esta fase deve conter informações que subsidiem a estimativa de custo da implantação do projeto.

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FASE B - DEFINIÇÃO DO PRODUTO

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-B 201 - Estudos de alternativas de sistemas construtivos e tecnologias.

Descrição da Atividade

Assessorar o empreendedor quanto à conveniência de adoção de sistemas construtivos e tecnologias apropriadas (pisos elevados, sistemas de irrigação, etc.).

Dados Necessários

  • Dados, especificações e/ou outros elementos disponíveis, suficientes para analisar a conveniência de adoção da tecnologia e/ou direcionar os estudos necessários.

Produtos Gerados

  • Relatório e/ou peças gráficas necessários, à apresentação das características propostas para os sistemas que incorporarão a tecnologia recomendada, análises realizadas e conclusões do paisagista.

Observações

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FASE B - DEFINIÇÃO DO PRODUTO

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-B 202 - Perspectivas detalhadas em maquete eletrônica e/ou física.

Descrição da Atividade

Desenvolver um modelo detalhado do empreendimento com a finalidade de analisar e avaliar seu impacto no entorno e todas as relações de imagem cores/texturas/sombras, etc.) para uma visualização realista do produto pretendido.

Dados Necessários

  • Informação dos principais sistemas de revestimentos externos (pisos, muros, gradis, etc.) da obra como um todo.

Produtos Gerados

Imagens apresentadas em papel ou em arquivos tipo jpg, tif, para visualização dos itens descritos na atividade.

Observações

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FASE B - DEFINIÇÃO DO PRODUTO

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-B 203 - Roteirização de aprovações legais para aprovação nos Órgãos Técnicos Públicos em todas as esferas.

Descrição da Atividade

Definir um roteiro claro e preciso de toda a documentação necessária e dos processos de encaminhamento para aprovação nos OTP’s (Órgãos Técnicos Públicos) em todas as esferas – Municipal Estadual e Federal, quando necessários.

Dados Necessários

  • Estudos preliminares/anteprojetos de Arquitetura e Paisagismo (Observação 1)

Produtos Gerados

  • Relatórios com procedimentos contendo toda documentação necessária inclusive um “check- list” dos órgãos técnicos de aprovação em ordem de prioridade e necessidade que o empreendimento tenha que ser analisado.

Observações

  1. Os documentos necessários, procedimentos e forma de resposta de cada órgão poderão variar em função do órgão e da localidade.
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FASE B - DEFINIÇÃO DO PRODUTO

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-B 204 - Consulta a Órgãos Técnicos Públicos Municipais, Estaduais, Federais e específicos quando necessários.

Descrição da Atividade

Obter oficialmente informações da legislação pertinente sobre o local fornecidas por Órgãos Técnicos Públicos Municipais (observação 1) específicos, sendo os principais:

  • Órgãos municipais de controle de áreas verdes
  • Órgãos estaduais de controle do meio ambiente
  • Órgãos federais de controle de meio ambiente
  • Verificar necessidade de EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental/ Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente)
  • Outras restrições Municipais, Estaduais e Federais tais como as de: órgãos ligados a Patrimônio Artístico, Arqueológico, Cultural e Turístico.

Dados Necessários

Arquitetura e Paisagismo

  • Documentação Gráfica do Projeto Legal composta por todos os desenhos e informações técnicas necessárias requeridas pelo órgão.
  • Memorial Descritivo Legal do empreendimento composto por todas as definições e informações técnicas necessárias requeridas pelos órgãos.

 

Empreendedor

Itens da Fase PSG-A aprovados além de:

  • Toda a documentação exigida por cada um dos órgãos relativos ao terreno específico.

Produtos Gerados

  • Documentação Gráfica do Projeto Legal para cada órgão específico composta por todos os desenhos e informações técnicas necessárias requeridas pelo órgão

Observações

  1. Os documentos necessários, procedimentos e forma de resposta de cada órgão poderão variar em função do órgão e da localidade.
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FASE B - DEFINIÇÃO DO PRODUTO

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-B 205 - Serviços de despacho.

Descrição da Atividade

Encaminhar pedidos de protocolamento de projetos, requisições de informações oficiais, ou quaisquer outros serviços que necessitem da presença do paisagista no local do Órgão Técnico Público.

Dados Necessários

Empreendedor

  • Procuração ou autorização para a realização da atividade em questão.
  • Definição clara do objetivo da resposta do Órgão Técnico Público
  • Documentação dos imóveis (Matriculas, Escrituras, IPTU’s) dos proprietários, dos autores do projeto e dos responsáveis pela obra, (observação 1)
  • Documentação dos projetos (desenhos, memórias de cálculo)
  • Levantamento Planialtimétrico e Arbóreo
  • Fotos quando necessárias
  • Laudo de compensação Arbórea

 

Todos envolvidos

  • Quaisquer documentos necessários a requisição oficial do pedido.

Produtos Gerados

  • Protocolos e/ou documentos oficialmente expedidos pelo Órgão Técnico Público.

Observações

Os documentos necessários, procedimentos e formato de requisição e resposta de cada órgão poderão variar em função do órgão e da localidade.

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FASE B - DEFINIÇÃO DO PRODUTO

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-B 206 - Seleção de serviços de terceiros.

Descrição da Atividade

Seleção de projetistas, consultores e outros fornecedores para apresentação ao cliente de opções de contratação.

Dados Necessários

Empreendedor

  • Detalhar de comum acordo, antes do início dos serviços dessa fase, qual a extensão e abrangências dos serviços a serem contratados.

 

Paisagismo

  • Documentação da Fase PSG-A 001 a 002 completas.

Produtos Gerados

  • Relatório, com os currículos completos e propostas detalhadas de fornecedores para cada disciplina envolvida e recomendações específicas quanto à especialidade e adaptabilidade de cada um ao empreendimento pretendido.

Observações

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FASE C

IDENTIFICAÇÃO E SOLUÇÃO DE INTERFACES

Consolidar claramente todos ambientes, suas articulações e demais elementos do empreendimento, com as definições necessárias para o intercâmbio entre todos envolvidos no processo.

 

A partir da negociação de soluções de interferências entre sistemas, o projeto resultante deve ter todas as suas interfaces resolvidas, possibilitando uma avaliação preliminar dos custos, métodos construtivos e prazos de execução.

 

Quando esta fase estiver concluída ainda que o projeto não esteja completo e for necessário licitar a obra, esta fase opcional se caracteriza como:

 

PB – Projeto Básico /Pré Executivo

3ª Edição
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FASE C - IDENTIFICAÇÃO E SOLUÇÃO DE INTERFACES

SERVIÇOS ESSENCIAIS

PSG-C 001 - Solução consolidada dos sistemas, métodos construtivos, materiais de acabamento e projeto.

Descrição da Atividade

  • Consolidar a solução global e consolidada dos sistemas, métodos construtivos, materiais de acabamento e projeto apresentado sob a forma de desenhos e memoriais
  • Fornecer subsídios para elaboração dos projetos complementares de Arquitetura, cálculos estruturais e geotécnicos, infraestruturas (instalações elétricas, hidrosanitárias, drenagem, irrigação, luminotécnica, sistema viário, etc.) nos aspectos que apresentam interfaces com o projeto em pauta

Dados Necessários

Definição de todos os materiais de acabamentos pretendidos no empreendimento (edificações)

  • Elementos da FASE B aprovados para todas as disciplinas.
  • Ratificar as tecnologias adotadas
  • Pareceres específicos: agrônomo, consultor de piscinas, consultor esportivo, drenagem, vendas, biólogo, luminotécnica, etc.
  • Folheto de vendas
  • Fotos da maquete
  • Projetos aprovados em órgãos públicos (prefeitura, Depave, bombeiros etc.)

Produtos Gerados

Relatório com a definição geral dos principais sistemas, métodos construtivos e materiais de acabamento para servir de subsídio s atividades posteriores, incluindo:

  • Desenhos técnicos (plantas, cortes e elevações) dos elementos construídos.
  • Distribuição de pontos de iluminação, torneiras e drenagem.
  • Detalhamento de elementos construídos estruturais específicos tais como: muros de arrimo, piscinas, guaritas, pergolados, etc.
  • Modelagem do terreno
  • Consolidação de profundidades necessárias de terra e localização de áreas com características especifica.

Observações

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FASE C - IDENTIFICAÇÃO E SOLUÇÃO DE INTERFACES

SERVIÇOS ESPECÍFICOS

PSG-C 101 - Documentação Gráfica para aprovação de projetos de proteção ambiental.

Descrição da Atividade

Elaborar a Documentação Gráfica de projetos de proteção ambiental para aprovação em todas as esferas de acordo com as normas vigentes e produtos gerados anteriormente, considerando a adequação à legislação levantada até o momento (TCA, APP, etc.)

Dados Necessários

  • Aprovação dos produtos gerados nas atividades anteriores.
  • Documentação requerida pelos Órgãos Técnicos Públicos (Órgãos Específicos).
  • Pareceres Legais específicos necessários.

Produtos Gerados

  • Documentação Gráfica do Projeto Legal para os Órgãos Técnicos Públicos compostos por todos os desenhos e informações técnicas necessárias.

Observações

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FASE C - IDENTIFICAÇÃO E SOLUÇÃO DE INTERFACES

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-C 201 - Projeto paisagístico para preparação do terreno para lançamentos.

Descrição da Atividade

Projetos para preparação do terreno para lançamentos e Stands de vendas.

Dados Necessários

  • Definições dos padrões e conceitos pretendidos,
  • Levantamento planialtimétrico e cadastral,

Produtos Gerados

  • Projeto de implantação geral do Stand com estacionamento, acessos, eventuais elementos construídos, vegetação etc.
  • Especificações de materiais.

Observações

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FASE D

PROJETO DE DETALHAMENTO DAS ESPECIALIDADES

Executar o detalhamento de todos os elementos do empreendimento de modo a gerar um conjunto de referências suficientes para a perfeita caracterização das obras/serviços a serem executadas, bem como a avaliação dos custos, métodos construtivos, e prazos de execução.

 

Executar o detalhamento de todos os elementos do empreendimento e incorporar os detalhes necessários de produção dependendo do sistema construtivo.

 

O resultado deve ser um conjunto de informações técnicas claras e objetivas sobre todos os elementos, sistemas e componentes do empreendimento.

 

Esta fase pode ser subdividida em 2 etapas:

 

– Projeto Executivo

– Detalhamento

 

Mas o conjunto se caracteriza com:

 

PE – Projeto Executivo

3ª Edição
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FASE D - PROJETO DE DETALHAMENTO DAS ESPECIALIDADES

SERVIÇOS ESSENCIAIS

PSG-D 001 - Solução definitiva de implantação, detalhamento e materiais de acabamento.

Descrição da Atividade

  • Executar desenhos das soluções definitivos de implantação informando e validando as condicionantes técnicas e do programa do empreendimento levantados na fase anterior e dos sistemas e métodos construtivos propostos.
  • Executar uma solução definitiva e global para os materiais de acabamento validando as atividades e fases anteriores.

Dados Necessários

Empreendedor/Contratante/Gestor

  • Definição final de todos os acabamentos propostos no empreendimento.
  • Elementos da FASE C aprovados para todas as disciplinas.

 

Arquitetura

  • Projeto de implantação das edificações

 

Estrutura

  • Atividades da Fase C aprovados e definitivos.

 

Instalações elétricas

  • Atividades da Fase C aprovados e definitivos.

 

Instalações hidráulicas

  • Atividades da Fase C aprovados e definitivos.

 

Consultores

  • Projetos aprovados e definitivos de cada consultoria (segurança, luminotécnica, etc.)

Produtos Gerados

  • Desenhos em número e nas escalas convenientes e adequadas para a total compreensão do projeto e a implantação do mesmo. Será composto no mínimo de plantas (com indicação do modelado no terreno, cotas de nível, especificação dos materiais e distribuição dos equipamentos, soluções de drenagem, pontos de água e luz), cortes e detalhes construtivos.

Observações

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FASE D - PROJETO DE DETALHAMENTO DAS ESPECIALIDADES

SERVIÇOS ESSENCIAIS

PSG-D 002 - Memoriais Descritivos de Especificações de Materiais.

Descrição da Atividade

Os Memoriais Descritivos de Especificações de Materiais que irão caracterizar as condições de execução e padrão de acabamento para cada tipo de serviço e indicar os locais de aplicação de cada um dos materiais e tipos de serviço.

Dados Necessários

Todas as Disciplinas

  • Todas as atividades produzidas e consolidadas nesta fase, analisadas, comentadas e validadas por todas as disciplinas envolvidas.

Produtos Gerados

  • Especificação de materiais e serviços com as recomendações técnicas para uso e aplicação das informações contidas no projeto.
  • Especificações relativas ao atendimento a ABNT NBR 15575. (Observações 1 e 2)

Observações

1 . O escopo de desempenho aplicável ao Projeto de Paisagismo está detalhado no Capitulo ESCOPO PARA ATENDIMENTO À NORMA DE DESEMPENHO, neste manual.

  1. No site www.manuaisdeescopo.com.br está disponível modelo para elaboração do Memorial Descritivo do Projeto Paisagístico, contemplando os itens aplicáveis ao atendimento à Norma de Desempenho ABNT NBR 15575.
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FASE D - PROJETO DE DETALHAMENTO DAS ESPECIALIDADES

SERVIÇOS ESSENCIAIS

PSG-D 003 - Detalhamento de pisos e pavimentações.

Descrição da Atividade

Diagramação e detalhamento de pisos e pavimentações.

Dados Necessários

Empreendedor / Contratante / Gestor

  • Definição final de todos os acabamentos propostos no empreendimento
  • Elementos da FASE C aprovados para todas as disciplinas

 

Arquitetura

  • Projeto de implantação das edificações

 

Estrutura

  • Atividades da Fase C aprovados e definitivos

 

Instalações elétricas

  • Atividades da Fase C aprovados e definitivos

 

Instalações hidráulicas

  • Atividades da Fase C aprovados e definitivos

 

Consultores

  • Projetos aprovados e definitivos de cada consultoria (segurança, luminotécnica, etc.)

Produtos Gerados

  • Indicação do Sistema de eixos organizacionais e modulação geral
  • Desenho dos pisos; com a indicação da posição e dimensionamento das peças, placas, ou lâminas e especificação completa das mesmas;
  • Representação dos pontos de drenagem e caimentos
  • Indicação dos pontos de instalação elétrica, hidráulica, quando no piso;
  • Detalhes complementares de arremates com elementos de vedação (rodapés, soleiras e outros)
  • Especificações Gerais
  • Notas Gerais

Observações

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FASE D - PROJETO DE DETALHAMENTO DAS ESPECIALIDADES

SERVIÇOS ESSENCIAIS

PSG-D 004 - Detalhamento de muros de divisa, piscinas, elementos de água e elementos construídos.

Descrição da Atividade

Detalhamento construtivo de muros de divisa, piscinas elementos de água e elementos construídos.

Dados Necessários

Empreendedor/Contratante/Gestor

  • Definição final de todos os acabamentos propostos no empreendimento.
  • Elementos da FASE C aprovados para todas as disciplinas.

 

Arquitetura

  • Projeto de implantação das edificações

 

Estrutura

  • Atividades da Fase C aprovados e definitivos

 

Instalações elétricas

  • Atividades da Fase C aprovados e definitivos

 

Instalações hidráulicas

  • Atividades da Fase C aprovados e definitivos

 

Consultores

  • Projetos aprovados e definitivos de cada consultoria (segurança, luminotécnica, etc.)

Produtos Gerados

  • Desenhos cotados em escalas ampliadas, necessários à melhor compreensão e execução da obra
  • Desenhos cotados de instalação de equipamentos;
  • Desenhos cotados de arremates de peitoris, rodapés ou revestimentos;
  • Desenhos cotados de arremates das alvenarias ou de outros elementos de vedação com estruturas;
  • Especificações gerais
  • Notas Gerais
  • Legendas.

Observações

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FASE D - PROJETO DE DETALHAMENTO DAS ESPECIALIDADES

SERVIÇOS ESSENCIAIS

PSG-D 005 - Solução definitiva do projeto de vegetação - plantio.

Descrição da Atividade

Desenvolvimento completo de projeto de vegetação.

Dados Necessários

Produtos das fases PSG-D-001 a PSG-D-004 aprovados.

Produtos Gerados

Plantas de vegetação, contendo no mínimo.

  • Indicação da localização e definição das espécies arbóreas, arbustivas e forrações
  • Tabela de identificação das espécies vegetais, contendo: nomes botânicos e populares, quantidades (por unidades ou metro quadrado), e condições das mudas (altura, espaçamento entre mudas, diâmetro de torrões ou touceiras).
  • Especificações quanto ao tratamento do solo
  • Especificações das características da muda: altura, número de hastes, diâmetro de copa e de tronco-DAP (observação 1), folhagem, cores, etc.
  • Especificação de técnicas de plantio
  • Desenho com indicação quantitativa por canteiro

Observações

DAP – Diâmetro na altura do peito

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FASE D - PROJETO DE DETALHAMENTO DAS ESPECIALIDADES

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-D 201 - Projeto de irrigação automatizada.

Descrição da Atividade

Solução definitiva para irrigação automatizada das áreas verdes.

Dados Necessários

Paisagismo

  • Projeto de vegetação

Todas as Disciplinas

  • Todas as atividades produzidas e consolidadas nesta fase, analisadas, comentadas e validadas por todas as disciplinas envolvidas.

Produtos Gerados

  • Posicionamento de todos os pontos de aspersores
  • Encaminhamento das tubulações elétricas e hidráulicas que compõem o sistema
  • Especificações gerais
  • Notas Gerais
  • Tabelas com indicação de aspersores
  • Quadros de comando
  • Legendas

Observações

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FASE D - PROJETO DE DETALHAMENTO DAS ESPECIALIDADES

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-D 202 - Elaboração de planilha de quantidades de materiais e serviços

Descrição da Atividade

Elaboração de planilha de quantidades de materiais e serviços dos elementos arquitetônicos e jardinagem.

Dados Necessários

Paisagismo

Projeto completo detalhado de paisagismo.

Produtos Gerados

  • Planilha quantitativa de materiais e serviços, relacionando todos os materiais e serviços envolvidos na execução dos elementos arquitetônicos e jardinagem abrangidos pelo projeto.

Observações

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FASE D - PROJETO DE DETALHAMENTO DAS ESPECIALIDADES

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-D 203 - Elaboração de orçamentos.

Descrição da Atividade

Elaboração de orçamento estimativo da execução dos elementos arquitetônicos e jardinagem, considerando material e mão de obra.

Dados Necessários

Paisagismo

  • Projeto completo detalhado de paisagismo.

Produtos Gerados

  • Planilha de orçamento com preços incluindo toda a execução dos elementos arquitetônicos e jardinagem pelos projetos, com tributos e encargos incidentes.

Observações

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FASE D - PROJETO DE DETALHAMENTO DAS ESPECIALIDADES

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-D 204- Seleção de fornecedores.

Descrição da Atividade

Seleção para execução do projeto ou fornecimento de materiais para as obras. (Observação 1)

Dados Necessários

Empreendedor / Contratante

  • Escopo do fornecimento desejado
  • Forma de contratação
  • Prazo de execução
  • Prazo máximo pretendido
  • Todos os projetos de produção
  • Todos os projetos detalhados e consolidados

Produtos Gerados

  • Visitas a fornecedores para validação de condições de fornecimento (Observação 2)
  • Seleção de fornecedores de materiais e serviços, fundamentada em parâmetros definidos em conjunto com o empreendedor.
  • Elaboração de planilhas comparativas de preços ofertados, e outras condições específicas, e seus desvios para avaliação de melhor relação custo benefício.

Observações

  1. O contratante e a empresa de paisagismo deverão detalhar de comum acordo, antes do início dos serviços dessa fase, qual a extensão e abrangência desses serviços e definir a responsabilidade da empresa de paisagismo no desenvolvimento dos mesmos.

A empresa de paisagismo deverá relacionar os elementos necessários para elaboração da documentação desta atividade.

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FASE E

PÓS-ENTREGA DO PROJETO

Garantir a plena compreensão e utilização das informações de projeto, bem como sua aplicação correta nos trabalhos de campo.

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FASE E - PÓS-ENTREGA DO PROJETO

SERVIÇOS ESSENCIAIS

PSG-E 001 - Apresentação do projeto.

Descrição da Atividade

Realizar reunião com o objetivo de apresentar o projeto final com os conceitos técnicos e premissas adotados, solicitações do contratante e outras peculiaridades, e esclarecer eventuais dúvidas dos participantes. (Observação 1)

Dados Necessários

Todos envolvidos:

  • Projeto executivo de paisagismo, incluindo memoriais técnicos e outros documentos textuais,
  • Análise prévia dos projetos por parte dos participantes da reunião.

Produtos Gerados

  • Esclarecimento sobre a organização e forma de utilização dos documentos de projeto;
  • Ata da reunião

Observações

É fundamental a participação do Contratante, Coordenadores de projeto, Gerente da Construtora, Gerente da Obra, e representantes das Instaladoras e todos os Projetistas.

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FASE E - PÓS-ENTREGA DO PROJETO

SERVIÇOS ESSENCIAIS

PSG-E 002 - Esclarecimento de dúvidas.

Descrição da Atividade

  • Esclarecer eventuais dúvidas sobre os projetos elaborados e sua utilização, desde que para isso não haja necessidade de diligência externa (Observações 2 e 3)

Dados Necessários

Solicitante

  • Questionamento formal claro e objetivo, após análise dos projetos executivos de arquitetura, inclusive dos memoriais técnicos e outros documentos textuais. (Observação 1)

Produtos Gerados

  • Respostas às dúvidas e indagações encaminhadas para o projetista
  • Assistência, esclarecimento e participação nas discussões relativas aos serviços.

Observações

  1. Os contatos para esclarecimento não terão caráter instrutivo e deverão sempre ser realizadas com interlocutor qualificado e familiarizado com Paisagismo.
  2. Recomenda-se a participação do Contratante, Coordenador do projeto, Gerente da Construtora, Gerente da Obra, representante da Instaladora e Projetista.
  3. Os itens a serem verificados devem ser previamente estabelecidos de forma compatível com o tempo de visita estabelecido, e deverão estar acessíveis para inspeção na ocasião da visita.
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FASE E - PÓS-ENTREGA DO PROJETO

SERVIÇOS ESSENCIAIS

PSG-E 003 - Acompanhamento Básico da obra.

Descrição da Atividade

Realização de até 3 visitas de acompanhamento da execução, conforme eventos pré-determinados: (Observação 1)

  • Nos momentos em que o contratante e o projetista julgarem mais convenientes a serem determinados de comum acordo
  • Por ocasião da conclusão do serviço.

Dados Necessários

Construtor:

  • Programação das visitas com antecedência mínima de 7 dias. (Observação 2)

Produtos Gerados

  • Relatório técnico com pareceres sobre a qualidade geral da obra, dos materiais, da mão de obra e demais itens de interesse do Contratante, conforme acordado pelas partes.

Observações

  1. O número de visitas deve ser compatível com as características e dimensões do empreendimento.

 

  1. Os itens a serem verificados devem ser previamente estabelecidos de forma compatível com o tempo de visita estabelecido, e deverão estar acessíveis para inspeção na ocasião da visita.
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FASE E - PÓS-ENTREGA DO PROJETO

SERVIÇOS ESPECÍFICOS

PSG-E 101 - Análise de soluções alternativas.

Descrição da Atividade

  • Análise técnica e/ou de custos de soluções alternativas propostas para os sistemas e ou detalhes arquitetônicos por sugestão de participantes do empreendimento. (Observação 1)

Dados Necessários

Proponente da solução

  • Informações e desenhos especificando claramente a alternativa proposta.
  • Programação das visitas com antecedência mínima de 7 dias.

Produtos Gerados

Relatório de análise das soluções propostas.

Observações

  1. O contratante e o projetista deverão definir, de comum acordo e antes do início dos serviços, quais serão os objetivos, as tarefas e regimes de trabalho a serem cumpridos, bem como os produtos a serem gerados e sua forma de apresentação.
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FASE E - PÓS-ENTREGA DO PROJETO

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-E 201 - Visitas a fornecedores.

Descrição da Atividade

Visitas a fornecedores para validação de materiais, cores e sistemas propostos.

Dados Necessários

Projeto executivo de paisagismo, incluindo memorial técnico e outros documentos textuais.

Produtos Gerados

Relatório técnico de cada visita, com o registro das atividades desenvolvidas emitindo pareceres sobre:

  • Validação de materiais, cores, e sistemas propostos.
  • Validação de soluções a serem executadas na obra.

Observações

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FASE E - PÓS-ENTREGA DO PROJETO

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-E 202 - Compatibilização de especificações de fornecedores.

Descrição da Atividade

Compatibilização e relatórios comparativos de materiais e especificações de fornecedores.

Dados Necessários

Empreendedor/Construtor

  • Discriminação completa dos fornecedores a serem comparados/compatibilizados incluindo: contato, valores de contrato, prazos, amostras, e todos os itens que se fizerem necessários. (Observação 1)

Produtos Gerados

  • Relatório técnico comparativo com pareceres sobre a qualidade geral dos materiais, da mão de obra, e demais itens de interesse do Contratante, a serem fornecidos conforme acordado pelas partes.

Observações

  1. O contratante e o paisagista deverão definir, de comum acordo, antes do início dos serviços, quais serão os objetivos, as tarefas e regimes de trabalho a serem cumpridos, os produtos a serem gerados e sua forma de apresentação.
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FASE E - PÓS-ENTREGA DO PROJETO

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-E 203 - Orientação técnica para propostas de fornecedores.

Descrição da Atividade

Dar suporte técnico aos processos de recebimento, equalização e análise das pré-propostas dos fornecedores, incluindo as seguintes atividades:

  • Preparação dos textos técnicos para inclusão no Edital de Concorrência,
  • Assistência e esclarecimento de dúvidas dos proponentes,
  • Analise técnica das propostas de fornecedores, incluindo esclarecimento e equalização sob os aspectos técnicos.

Dados Necessários

Empreendedor

  • Relação de proponentes de interesse do Contratante,
  • Definição da forma de contratação.

Produtos Gerados

  • Textos relativos a aspectos técnicos para inclusão no Edital de Concorrência,
  • Orientação e esclarecimento aos proponentes,
  • Planilha comparativa das condições de fornecimento de proposta.

Observações

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FASE E - PÓS-ENTREGA DO PROJETO

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-E 204 - Adaptação e alterações de projeto.

Descrição da Atividade

Alteração de documentos de projeto por solicitação do cliente, devido a alteração de conceitos, alteração nas edificações, materiais, equipamentos e/ou sistemas previamente estabelecidos ou sugestões de alteração de soluções adotadas.

Dados Necessários

Empreendedor/Construtor

  • Definição das alterações pretendidas e suas consequências para todas as disciplinas. (Observação 1)

Produtos Gerados

  • Projeto alterado conforme a solicitação.

Observações

O contratante e o paisagista deverão definir, de comum acordo, antes do início dos serviços, quais serão os objetivos, as tarefas e regimes de trabalho a serem cumpridos, os produtos a serem gerados e sua forma de apresentação.

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FASE E - PÓS-ENTREGA DO PROJETO

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-E 205 - Acompanhamento técnico da obra.

Descrição da Atividade

Acompanhamento da obra por meio de visitas regulares ou eventuais, além das previamente estabelecidas, conforme programação e relação de atividades. (Observação 1)

Dados Necessários

Construtor:

  • Programação das visitas com antecedência mínima de 7 dias.

Produtos Gerados

Relatório técnico de cada visita, com o registro das atividades desenvolvidas em obra ou em decorrência do serviço de acompanhamento da obra emitindo pareceres sobre:

  • A qualidade geral da obra,
  • A qualidade geral dos materiais,
  • Propostas de alterações em detalhes específicos e demais itens de interesse do Contratante, conforme acordado pelas partes.

Observações

  1. Os itens a serem verificados devem ser previamente estabelecidos de forma compatível com o tempo de visita estabelecido, e deverão estar acessíveis para inspeção na ocasião da visita.
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FASE E - PÓS-ENTREGA DO PROJETO

SERVIÇOS OPCIONAIS

PSG-E 206 - Subsídios para elaboração de manual de utilização e manutenção do paisagismo.

Descrição da Atividade

Fornecer subsídios para elaboração de Manual Técnico de operação e manutenção dos sistemas, inclusive jardinagem, para utilização pelo responsável pelo gerenciamento e operação do empreendimento.

Dados Necessários

Paisagismo

  • Projeto executivo de Paisagismo, incluindo memoriais técnicos e outros documentos textuais.

Produtos Gerados

Informações pertinentes e necessárias para elaboração do Manual de Operação e Manutenção dos Sistemas, e manutenção dos jardins, contendo as informações e orientações necessárias para a melhor utilização e preservação destes, incluindo:

  • Descrição das características de cada revestimento e sistema, inclusive documentação técnica,
  • Forma e cuidados de operação e manutenção,
  • Relação de fornecedores utilizados na obra,
  • Garantias.

Observações

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FASE F

PÓS-ENTREGA DA OBRA

Analisar e avaliar o comportamento da edificação em uso para verificar e reafirmar se os condicionantes e pressupostos de projeto foram adequados e se eventuais alterações, realizadas em obra, estão compatíveis com as expectativas do empreendedor e de ocupação dos usuários.

3ª Edição
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FASE F - PÓS-ENTREGA DA OBRA

SERVIÇOS ESSENCIAIS

PSG-F 001 - Avaliação e validação do processo.

Descrição da Atividade

Reunião e visita à obra para avaliação e validação do processo com o intuito de rastrear eventuais não conformidades e analisar os pontos passíveis de melhoria, com a participação de todos envolvidos no processo. (Observações 1 e 2)

Dados Necessários

Empreendedor

  • Listagem de ocorrências a serem discutidas e eventuais desacordos ou insatisfações.

 

Gerenciamento de Projetos

  • Todos os relatórios, das atividades de projetos, de medições, atas de reunião cronograma físico financeiro atualizado, comunicações entre os envolvidos, e quaisquer outros elementos que possam servir de subsídio para o objetivo da atividade.

 

Gerenciamento de Obra

  • Idem o item acima para as atividades de obras.
  • Jogo completo dos projetos, contendo todas as anotações de ajustes e/ou alterações ocorridas, assinadas por engenheiro responsável pela obra.
  • Diário de Obra.

Produtos Gerados

  • Ata de Reunião de no mínimo meio período com todos participantes, gerando a partir desta um relatório completo dos questionamentos levantados rastreando as não conformidades, indicando as possíveis soluções para a melhoria contínua do processo.

Observações

  1. Esta atividade deve, por princípio, ser monitorada pela empresa responsável pelo gerenciamento de projetos ou de obras.
  2. O contratante e a empresa responsável deverão detalhar de comum acordo, antes do início dos serviços dessa fase, qual a extensão e abrangência desses serviços e definir a responsabilidade da empresa responsável no desenvolvimento dos mesmos.
  3. Todos envolvidos deverão enviar, com antecedência de 15 dias corridos antes da data da reunião, a listagem de ocorrências a serem discutidas e eventuais desacordos ou insatisfações.
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FASE F - PÓS-ENTREGA DA OBRA

SERVIÇOS ESPECÍFICOS

PSG-F 101 - Desenhos de “Como Construído” (as Built).

Descrição da Atividade

  • Alteração ou elaboração de novos documentos de projeto por solicitação do cliente, devido à alteração de condicionantes, materiais, equipamentos e/ou sistemas instalados. (Observação 1)
  • A preparação de desenhos “as built” não inclui a verificação técnica de soluções ou dimensionamentos alternativos que possam ter sido adotados sem autorização do projetista, e que não será responsável por essas modificações.

Dados Necessários

Empreendedor

  • Definição clara e objetiva das necessidades de alterações.

 

Paisagismo

  • Projeto executivo de Paisagismo, incluindo memoriais técnicos e outros documentos textuais.

Produtos Gerados

  • Projeto alterado ou complementado conforme a solicitação.

Observações

  1. O contratante e o paisagista deverão definir, de comum acordo, antes do início dos serviços, quais serão os objetivos, as tarefas e regimes de trabalho a serem cumpridos, os produtos a serem gerados e sua forma de apresentação.
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ESCOPOS PARA ATENDIMENTO À NORMA DE DESEMPENHO

 

 

PROJETOS CONFORME NBR 15.575

 

Objetivo:

 

Descrever os itens de escopo do projeto de paisagismo para atendimento aos requisitos da ABNT NBR 15.575:2013

 

Para apoiar no entendimento deste capítulo, recomendamos a consulta do documento GUIA PARA UTILIZAÇÃO DOS ESCOPOS DE PROJETO DE EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS PARA ATENDIMENTO À ABNT NBR 15.575:2013, disponível no site www.manuaisdeescopo.com.br

 

3ª Edição
Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo

1. IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS PREVISÍVEIS NO EMPREENDIMENTO EM RELAÇÃO AO PROJETO DE PAISAGISMO

 

ABNT NBR 15.575 Parte 1

5.4 Construtor e incorporador

5.4.1 Salvo convenção escrita, é da incumbência do incorporador, de seus prepostos e/ou dos projetistas envolvidos, dentro de suas respectivas competências, e não da empresa construtora, a identificação dos riscos previsíveis na época do projeto, devendo o incorporador, neste caso, providenciar os estudos técnicos requeridos e prover aos diferentes projetistas as informações necessárias. Como riscos previsíveis, exemplifica-se: presença de aterro sanitário na área de implantação do empreendimento, contaminação do lençol freático, presença de agentes agressivos no solo e outros riscos ambientais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Riscos previsíveis[1] relativos ao empreendimento que possam afetar o projeto de paisagismo

Pode-se citar como riscos previsíveis que podem afetar o projeto de paisagismo:

  • Ocorrência de enchentes e alagamentos no local do empreendimento;
  • Topografia do terreno;
  • Condições climáticas que possam interferir na escolha de vegetação ou no projeto de paisagismo como um todo;
  • Ocorrência de ventos que possam afetar o “conforto de pedestres” exigindo medidas especiais no projeto;
  • Outras situações desta natureza.

 

Escopo do projeto de paisagismo para atendimento a este requisito:

  • Identificar os riscos previsíveis relativos ao empreendimento que possam afetar o projeto de paisagismo;
  • Identificar os estudos técnicos[2] necessários para embasar o projeto de paisagismo e indicar tais estudos por escrito ao incorporador/proprietário do empreendimento e à construtora se esta já estiver definida;

Quando solicitado, assessorar o contratante na identificação de profissionais ou empresas qualificadas/capacitadas para a realização dos estudos técnicos necessários ou tomar conhecimento das condições de realização destes estudos visando assegurar que sejam adequados para o projeto;

[1] Nota: a norma de desempenho não define o que sejam riscos previsíveis. O entendimento técnico é de que estes riscos sejam aqueles que se tornam previsíveis por existirem fontes de dados e/ou informações ou conhecimento que permitam ao profissional especializado saber que há uma probabilidade de ocorrência daquela situação.

 

[2] Nota: Caso um estudo técnico indicado pelo projetista como necessário não venha a ser contratado pelo incorporador/construtor o projetista deverá avaliar convenientemente os riscos da inexistência destes estudos podendo, diante desta negativa, não desenvolver o projeto ou desenvolvê-lo registrando a falta de precisão como consequência da não realização dos estudos no memorial.

 

3ª Edição
Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo
  • Analisar os resultados dos estudos e registrar sua análise em memorial descritivo de projeto com as considerações necessárias para as soluções de projeto a serem adotadas.
  • Descrever em memorial descritivo/documentos de projeto as justificativas para as soluções de projeto para mitigar os riscos mencionados identificados.
  • Indicar e orientar eventuais medidas que sejam necessárias em outras especialidades de projeto com impacto sobre o projeto de paisagismo.
  • Identificar com precisão as datas de realização dos estudos indicados.

2. IDENTIFICAÇÃO E REGISTRO NOS DOCUMENTOS DE PROJETO DAS NORMAS QUE AFETAM O PROJETO DE PAISAGISMO

O projeto de paisagismo deverá identificar e relacionar no memorial descritivo, ou em outro documento de projeto, todas as leis e as normas técnicas atendidas, com seu número ABNT ou, se norma específica da ABNT não existir, sobre determinada parte do que é escopo do projeto de paisagismo, o número de norma técnica estrangeira adotada (como faculta a norma de desempenho nestes casos), o título e data de entrada em vigor de cada norma referida.

 

3. REQUISITOS E CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA O PROJETO DE PAISAGISMO E MEDIDAS DE ATENDIMENTO

O projeto de paisagismo pode ter escopos e abrangências distintas. O escopo do projeto de paisagismo pode englobar o projeto de áreas e ambientes específicos das edificações residenciais incluindo partes a construir e não somente a definição e especificação de vegetação.

Entre os itens de escopo a seguir, o profissional de projeto deverá deixar claro a seu contratante quais estão incluídos em sua responsabilidade em função de seu escopo de contrato.

3.1 Requisito de Desempenho Estrutural

Quando o paisagismo envolve o projeto de partes que requerem ou que afetam o desempenho estrutural deverá observar os critérios a serem exigidos dos sistemas especificados – exemplo: redários em áreas de lazer – devem atender aos critérios de resistência a cargas suspensas com identificação de cargas admissíveis, conforme previsto na ABNT NBR 15575 Parte 4, visando que os usuários não ultrapassem as cargas que o dispositivo deve suportar; necessidade de rebaixos estruturais para plantios de porte significativos e posicionamento de objetos de lazer com carga superior à prevista em projeto estrutural (acidental e/ou permanente), devem ser validadas previamente pelo projetista estrutural responsável.

3.2 Requisito de Segurança Contra Incêndio

  • O projeto de paisagismo deverá ser analisado pelo projetista de instalações elétricas, visando a identificação dos componentes e sistemas construtivos que devem ser englobados no projeto do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas – SPDA;

Embora na ABNT NBR 15575:2013 não haja exigência de controle da reação ao fogo dos materiais a serem utilizados no projeto em áreas externas, dadas as características de projeto em que possa haver proximidade de partes externas com as fachadas ou ambientes internos, se o projeto de paisagismo utilizar materiais e componentes que não sejam reconhecidamente incombustíveis é recomendável que, nestas condições, sejam identificadas as características de reação ao fogo destes materiais, por meio dos ensaios definidos na ABNT

3ª Edição
Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo
  • NBR 15575, restringindo-se à utilização de materiais de baixa velocidade de propagação de chamas (no máximo Classe II A);
  • A ABNT NBR 15575 remete as condições de rota de fuga em situação de incêndio à ABNT NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios. No entanto, é preciso observar que nem a ABNT NBR 9077 nem a norma de desempenho estabelecem em detalhes que o projeto de paisagismo deve contribuir para facilitar a fuga.

 

Assim, é importante que o projetista de paisagismo analise com o arquiteto e com o consultor de segurança contra incêndio, quando este fizer parte da equipe de projeto, as condições de toda a rota de fuga, de modo a que não haja obstáculos, tipos de revestimentos de pisos, equipamentos, adornos, ou outros componentes que impeçam ou dificultem a fuga ou o acesso das equipes de resgate em situação de incêndio.

 

Em caso de especificação em projeto de áreas externas com lareiras ou assemelhados (Praça do Fogo ou outra nomenclatura), o projeto deverá avaliar corretamente os riscos de geração de faíscas que possam atingir materiais combustíveis como estofados e almofadas em bancos ou cadeiras, ou qualquer outro material que possa propagar chamas, bem como o projeto adequado e especificação do equipamento com dispositivos de segurança.

 

3.2 Requisito Segurança no Uso e Operação

Os requisitos gerais de segurança no uso e operação na Parte 1 da ABNT NBR 15575 requerem do projeto de paisagismo:

  • Ao adotar sistemas construtivos, equipamentos e acessórios de lazer, adornos, esculturas ou quaisquer outros elementos desta natureza, devem ser asseguradas as condições de estabilidade, inclusive aos esforços de vento, chuva, granizo etc., para que não haja a possibilidade de ocorrência de tombamentos ou deformações que coloquem em risco a segurança dos usuários;
  • Que todos estes elementos sejam projetados e tenham verificação adequada pelo projetista para que não contenham partes cortantes ou perfurantes ou que gerem partes cortantes ou perfurantes pelo desprendimento ou desgaste;
  • Em especial, os brinquedos de “playground” a serem especificados no projeto de paisagismo, visando não gerarem os riscos mencionados nos itens anteriores, devem ser especificados com comprovação do fornecedor/fabricante de que atendem aos requisitos da ABNT NBR 16071-2: 2012– Playgrounds Parte 2: Requisitos de segurança, por meio de relatórios de ensaios realizados de acordo com os métodos de ensaio previstos na Parte 3 da mesma norma. O projetista deve solicitar do fabricante os relatórios e analisar os resultados diante dos critérios da Parte 2 da ABNT NBR 16071. Observa-se que esta norma abrange: balanços, escorregadores, gangorras, carrosséis, paredes de escalada, plataformas multifuncionais, “brinquedão” (“kid play”) e redes espaciais, para uso em escolas, creches, áreas de lazer públicas (praças, parques e áreas verdes), restaurantes, buffets infantis, shopping centers, condomínios, hotéis e outros espaços coletivos similares.
  • Visando a segurança no uso e operação o projeto de paisagismo deve atender ainda a ABNT NBR 16071-5: 2012 – Playgrounds Parte 5: Projeto da área de lazer, declarando este atendimento em seus documentos.
  • Quando, no projeto de paisagismo estiver presente o uso de qualquer elemento de vidro este deve ser especificado e dimensionado de acordo com a ABNT NBR 7199 – Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações. Se o projetista de paisagismo não dimensionar estes vidros (em especial quanto aos esforços de vento conforme previsto na ABNT NBR 7199) deverá indicar em seu projeto explicitamente que não houve dimensionamento e que projeto específico para este fim deverá ser contratado.
  • Segundo o item 9.2.3 da ABNT NBR 15575 Parte 1, “devem ser previstas no projeto e na execução formas de minimizar, durante o uso da edificação, o risco de”:
3ª Edição
Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo

Queda de pessoas em altura: telhados, áticos, lajes de cobertura e quaisquer partes elevadas da construção – havendo partes elevadas nas áreas abrangidas pelo projeto de paisagismo deverão ser adotadas medidas de proteção, mesmo que sejam áreas de acesso restrito aos profissionais do condomínio ou terceiros para as atividades de manutenção;

Acessos não controlados aos locais com riscos de quedas – deverão ser adotados meios de controle de acesso como gradis, portões, portas – aos locais em que haja risco de queda de pessoas considerando inclusive os riscos específicos para pessoas com mobilidade reduzida e crianças.

Queda de pessoas em função de rupturas das proteções, as quais devem ser ensaiadas conforme ABNT NBR 14718 – Guarda corpos para edificações, ou possuírem memorial de cálculo assinado por profissional responsável que comprove seu desempenho: quando o projetista de paisagismo inclui em seu projeto guarda-corpos em desníveis que requerem dimensionamento, o projetista deverá adotar solução que atenda a ABNT NBR 14718 quanto às características arquitetônicas e indicar em nota a necessidade de dimensionamento;

Queda de pessoas em função de irregularidades nos pisos, rampas e escadas, conforme a ABNT NBR 15575-3 – o projeto deverá assegurar:

  • que as superfícies de pisos adotados não apresentem irregularidades que gerem tropeções, que possam prender os sapatos e saltos e contribuir para a ocorrência de quedas de pessoas em uso normal;
  • que os pisos a serem especificados pelo projeto de paisagismo não apresentem frestas maiores que 4 mm entre componentes, desníveis abruptos maiores que 5 mm sem identificação/visibilidade, rugosidade excessiva que possa gerar ferimentos ao contato com o corpo humano,
  • especificação de pisos de áreas molhadas, de rampas e escadas de áreas comuns com coeficiente de atrito dinâmico ≥ 0,4 comprovado por meio de ensaio segundo o Anexo N da ABNT NBR 13818 (o método de ensaio embora estabelecido na norma de especificação de revestimentos cerâmicos não se aplica unicamente a este tipo de revestimentos).

Ferimentos provocados por ruptura de subsistemas ou componentes, resultando em partes cortantes ou perfurantes – o projeto deverá especificar subsistemas e componentes adequados às suas normas técnicas de especificações e projeto e dimensionamento necessário para evitar rupturas, tais como vidros de acordo com a ABNT NBR 7199;

Ferimentos ou contusões em função da operação das partes móveis de componentes, tais como janelas, portas, alçapões e outros – sempre que houver componentes desta natureza nas especificações do projeto de paisagismo deverão ser analisadas amostras, de modo a analisar a ergonomia e riscos para os usuários;

Ferimentos ou contusões em função da dessolidarização ou da projeção de materiais ou componentes a partir das coberturas e das fachadas, tanques de lavar, pias e lavatórios, com ou sem pedestal, e de componentes ou equipamentos normalmente fixáveis em paredes – situações desta natureza podem envolver fontes de água nas áreas de paisagismo, peças fixadas em paredes, pergolados, etc.;

Ferimentos ou contusões em função de explosão resultante de vazamento ou de confinamento de gás combustível – caso o paisagismo se utilize de instalações e equipamentos a gás como lareiras, aquecedores externos, etc. deverá indicar a necessidade de projeto específico segundo as normas aplicáveis.

As piscinas a serem projetadas no escopo do projeto de paisagismo devem obedecer às normas técnicas aplicáveis e indicar a necessidade de projetos específicos que não sejam de seu escopo, tais como instalações hidráulicas, iluminação, etc. No caso de fontes, cascatas ou outros elementos desta natureza deve observar a necessidade de compatibilização com projeto específico hidráulico ou de especialista em sistema de águas correntes.

3ª Edição
Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo

O “design” e revestimentos das piscinas não podem oferecer riscos de gerar partes cortantes e perfurantes, de ter partes elevadas não protegidas gerando riscos de queda ou outras situações de riscos para os usuários.

3.4 Requisito de Estanqueidade

O projeto de paisagismo deverá indicar a necessidade de projeto específico para atender aos requisitos de estanqueidade previstos nas partes 1, 3 (pisos) , 4 (vedações) e 5 (coberturas) quando pertinentes, envolvendo a drenagem, a adoção de “sistemas que impossibilitem a penetração de líquidos ou umidades de porões e subsolos, jardins contíguos às fachadas e quaisquer paredes em contato com o solo, ou pelo direcionamento das águas, sem prejuízo da utilização do ambiente e dos sistemas correlatos e sem comprometer a segurança estrutural. No caso de haver sistemas de impermeabilização, estes devem seguir a ABNT NBR 9575 – Projeto e seleção de impermeabilização.

É importante observar que a ABNT NBR 9575 considera obrigatória a existência de projeto básico e executivo de impermeabilização.

O projeto também deverá observar o detalhamento das ligações entre os diversos elementos da construção sob sua responsabilidade, tais como o corpo principal da edificação e pisos ou calçadas laterais visando atender ao item 10.2.3 da ABNT NBR 15575 Parte 1.

O projeto de paisagismo deverá ainda observar a necessidade de compatibilização com o projeto de drenagem de águas superficiais e seus acabamentos.

3.5 Requisito de Acessibilidade

A norma de desempenho remete para o atendimento à ABNT NBR 9050 –Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos que requer o atendimento às condições de acessibilidade em todas as áreas comuns, e ainda remete ao atendimento da legislação aplicável.

3.6 Requisito de Durabilidade e Manutenibilidade

As especificações de componentes sob a responsabilidade do projeto de paisagismo devem levar em conta as condições de uso e de exposição, visando a adequação das características dos materiais a estas condições, tais como exposição a tráfego intenso em pisos, exposição à umidade e chuva, variações térmicas, exposição à agentes poluentes que o projetista deverá analisar para o local, etc.

Todos os componentes especificados pelo projeto de paisagismo devem atender suas respectivas normas de especificação, como parte do que a ABNT NBR 15575 estabelece para atendimento aos critérios de vida útil de projeto.

Todos os componentes que requeiram a troca ou manutenção ao longo da vida útil devem ter estas atividades indicadas e facilitadas pelas condições de projeto.

3.7. Requisitos de Adequação Ambiental

Os requisitos de adequação ambiental se referem a condições de recomendações visando o uso de materiais com ciclo de vida de baixo impacto ambiental, ao uso racional da água e eficiência energética. As soluções e especificações de Paisagismo devem, na medida do possível, buscar o atendimento destas recomendações.

3ª Edição
Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo

NORMAS TÉCNICAS

 

 

Os projetos devem ser desenvolvidos de acordo com as Normas Técnicas vigentes. No entanto, é preciso destacar a ABNT NBR 15.575, que apresenta uma série de responsabilidades, aos projetistas, incorporadores e construtores. O escopo do que deve ser considerado em cada projeto, para atendimento à ABNT NBR 15.575, está disponível no capítulo Escopos para atendimentos à Norma de Desempenho, do respectivo Manual.

No site da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) está disponibilizada a relação das normas técnicas aplicáveis a edificações, separadas por tema e fase de desenvolvimento do empreendimento, desde a decisão de empreender.

 

www.cbic.org.br/normasdaconstrucao

 

 

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Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo

AGRADECIMENTOS

A produção dos Manuais de Escopo de Projetos e Serviços envolve uma equipe multidisciplinar que, há quase 20 anos, se reúne para a compatibilização de visões e procedimentos.

 

Desse esforço de abnegados, representantes de suas categorias profissionais, surgiu o consenso necessário e fundamental para a construção de um documento de orientação para todo o setor imobiliário.

 

Nossos agradecimentos às entidades e profissionais que participaram deste legado.

 

PARTICIPANTES DA EDIÇÃO ATUAL

(GT- ESCOPO DESEMPENHO, em atendimento à ABNT NBR 15.575)

 

Coordenação Geral

 

Secovi-SP Carlos Alberto de Moraes Borges
  Marcos Velletri
  Patricia Bittencourt

 

Consultora técnica Maria Angelica Covelo Silva
 

 

Apoio Técnico

 

SindusCon-SP Jorge Batlouni Neto
  Renato Genioli Jr.
  Juliana Dias Ikejiri

 

Entidades de Projeto

 

ABAP Martha Gavião
ABD Bianka Mugnatto

 

ABECE Marcelo Rozemberg

 

ABEG Ilan Gotieb

 

ABRASIP Sergio Kater

 

AFEAL Luis Cláudio Viesti

 

AGESC Cecília Levy
  Cynthia Kamei
  Lívia Braga

 

ASBEA Claudia Lopes
  Henrique Cambiaghi Filho

 

IBI José Miguel Morgado

 

PROACUSTICA Davi Akkerman
  Talita Pozzer
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Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo

Empresas Colaboradoras

ADDOR Carolina Thimoteo
  Henrique Lima
  Karina Costa Silva

 

BENEDITO ABBUD Camila Nicolielo

 

CYRELA Antonio Carlos Zorzi
  Rodrigo Muller
  Flávio Cuperman
  Sumaia Gonçalves
  Silvia Dauch

 

DWG ARQUITETURA Rita Cristina Ferreira

 

EzTec Heloisa Ojima
  Jessica Roese

 

GAMARO Silvia Traldi

 

INPRO Daniela de Vincenzo

 

IPT Antônio Fernando Berto

 

JONAS BIRGER ARQUITETURA André Matsumoto

 

LINDENCORP Vanessa Teixeira
  Ana Paula Franco

 

SINCO Priscila de Castro

 

RUBIO & LUONGO Márcio Luongo

 

TARJAB Sergio Domingues

 

TECNISA Fabio Villas Boas

 

TEIXEIRA DUARTE Viviane Teixeira

 

 

PROFISSIONAIS / ENTIDADES PARTICIPANTES AO LONGO DOS ANOS NAS EDIÇÕES ANTERIORES

Alberto Nacache ABECE
Ana Spina ASBAI
Arnaldo Christofi SECOVI-SP
Augusto Pedreira De Freitas ABECE
Carlos Massaru Kayano ABRAVA
Cecília Levy AGESC
Celso Bergamasco ANP
Cláudio Goldstein SINDUSCON-SP
Cristina Pieber ABRASIP
Davi Akkerman PROACÚSTICA
Efraim Zaclis ABEG
Eliana Azevedo ANP
Eliane Adesse AGESC
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Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo
Esther Stiller ASBAI
Fabio Pimenta ABRASIP
Fares Eduardo Assali ABECE
Ferdinando Ruzzante Netto ABECE
Flavio D’alambert ABECE
Francisco A. Vasconcellos Neto SINDUSCON-SP
Francisco Paulo Graziano ABECE
Henrique Cambiaghi ASBEA
Ivan Lippi Rodrigues ABECE
Joao Paulo Jereissati SINDUSCON-SP
José Jorge Chaguri (In Memoriam) SINDINSTALAÇÃO
Jose Roberto Muratori AURESIDE
Julio Timerman ABECE
Junia Azenha ASBAI
Karen Maneschi AGESC
Kasotoshi Ito AGESC
Levon Sevzatián ABRASIP
Luis Fernando Ceccotto SINDUSCON-SP
Marcelo Rozenberg ABECE
Márcio Luongo AGESC
Marco Antonio Manso SINDUSCON-SP
Marcos Holtz PROACÚSTICA
Marcos Velletri SECOVI-SP
Mario Cepollina ABEG
Martha Gavião ABAP
Nelma Christina Alves IBI
Nelson Covas ABECE
Nídia Borelli ASBAI
Patricia Totaro ABRIESP
Paulo Alcydes Andrade ABECE
Paulo Sanches SINDUSCON-SP
Raul José de Almeida ABRAVA
Renato Mesquita SINDUSCON-SP
Ricardo Bunemer SECOVI-SP
Ricardo Leopoldo e Silva França ABECE
Roberto Amá (In Memoriam) ASBEA
Ronaldo Sá Oliveira SECOVI-SP
Sergio Eduardo Favero Salvadori (In Memoriam) ABECE
Sergio Kater ABRASIP
Sergio Vieira da Silva (In Memoriam) ABECE
Silvio Melhado AGESC
Valdir Silva da Cruz ABECE
Waldecyr Pereira da Silva ABECE
Wilson Neves IBI
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Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Paisagismo

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